Leonardo Fioravanti e Carissa Moore vencem o Sydney Surf Pro

Leonardo Fioravanti _Foto Matt DunbarLeonardo Fioravanti _Foto Matt Dunbar

O italiano Leonardo Fioravanti e a havaiana Carissa Moore foram os campeões do primeiro Challenger Series de 10.000 pontos do ano na Austrália. Os dois impediram que os australianos fizessem a festa em casa novamente, como no QS 5000 de Newcastle. Leonardo derrotou Matt Banting e Carissa ganhou o duelo de campeãs mundiais com Tyler Wright, nas decisões dos títulos do Sydney Surf Pro na sexta-feira de boas ondas de meio metro de altura em Manly Beach. Os australianos tiraram o Brasil da briga, com o potiguar Jadson André ficando em quinto lugar nas quartas de final e o paulista Thiago Camarão em nono nas oitavas de final.

O segundo Challenger Series da temporada estava marcado para acontecer na próxima semana na Nova Zelândia, mas foi um dos eventos cancelados ou adiados pela World Surf League pela ameaça do Coronavírus. A determinação foi anunciada na quinta-feira, para todas as etapas que estavam marcadas para o restante do mês de março, incluindo a de abertura do Championship Tour na Gold Coast, que começaria no dia 26. Agora, todos retornam para suas casas, até um novo anúncio da WSL sobre os próximos eventos do mês de abril, como a segunda etapa do CT em Bells Beach, também na Austrália.

Dos dois brasileiros que competiram na sexta-feira em Manly Beach, o paulista Thiago Camarão não passou pelas oitavas de final, que abriram o último dia. Ele foi a primeira vítima do vice-campeão Matt Banting, que derrotou o brasileiro por 14,60 a 11,33 pontos e assumiu a liderança do WSL Qualifying Series com a passagem para as quartas de final. Mesmo assim, os 3.500 pontos do nono lugar, levaram Thiago Camarão da 43.a para a 17.a posição no ranking, se aproximando do grupo dos dez que se classificam para o CT.

Jadson foi um dos cinco surfistas que entraram no G-10 do QS no Challenger Series de Sydney. Ele e o australiano Liam O´Brien, que também perdeu nas quartas de final, subiram do 24º para o sétimo lugar no ranking. O italiano Leonardo Fioravanti saiu de 329 para o terceiro lugar com os 10.000 pontos da vitória. Os outros foram o australiano Ryan Callinan (de 18º para 5º) e o norte-americano Michael Dunphy (de 86º para 10º).

Carissa Moore_Foto Matt Dunbar

Carissa Moore_Foto Matt Dunbar

Eles tiraram da lista o peruano Lucca Mesinas (de 10º para 12º), o brasileiro Ian Gouveia (7º para 15º), o marroquino Ramzi Boukhiam (de 5º para 16º) e os franceses Maxime Huscenot (4º para 18º) e Joan Duru (8º para 20º). Apenas três sul-americanos estão no G-10, o ex-líder Wiggolly Dantas, que caiu para o sexto lugar, o peruano Alonso Correa, que despencou de 2º para 9º e o Jadson André agora na sétima posição.

O novo líder é o australiano Matt Banting, que já tinha vencido o QS 3000 da Central Coast, também na Austrália. Ele está somando os 3.000 pontos dessa vitória, com os 2.500 do quinto lugar no QS 5000 de Newcastle e os 8.000 do vice-campeonato no Sydney Surf Pro Challenger Series. O americano Nat Young tinha assumido a ponta em Manly Beach e está em segundo lugar, seguido pelo campeão Leonardo Fioravanti, o japonês Shun Murakami e Ryan Callinan. Os brasileiros estão abaixo dos top-5, Wiggolly em sexto e Jadson em sétimo lugar.

“Esta é, certamente, a maior vitória da minha carreira, então estou na Lua agora de tanta felicidade”, disse Leonardo Fioravanti. “É incrível ganhar o primeiro Challenger Series da história aqui em Sydney. Quando veio aquela última onda, eu apenas disse a mim mesmo, que é para isso que eu treino tanto, para momentos decisivos como esse e estou muito feliz por ter conseguido a vitória. Esse título definitivamente é para a Itália. Meu país está passando por muita coisa ruim agora e eu sei que tinha muita gente assistindo, então a vitória é para eles”.

No Challenger Series feminino, a tetracampeã mundial Carissa Moore mostrou que era a surfista a ser batida no Sydney Surf Pro, desde a sua estreia na Austrália. Ela veio para Manly Beach para ganhar ritmo de competição, visando as Olímpiadas de Tokyo no Japão, pois já anunciou que não vai participar do World Surf League Championship Tour esse ano. Carissa vinha fazendo os recordes a cada dia e ganhou o duelo de campeãs mundiais que decidiu o título na sexta-feira. Ela liderou a bateria contra a bicampeã Tyler Wright do início ao fim, para faturar o mesmo prêmio de 25.000 dólares oferecido para os homens.

Tyler Wright, Carissa Moore, Leonardo Fioravanti e Matt Banting-Foto Matt Dunbar

Tyler Wright, Carissa Moore, Leonardo Fioravanti e Matt Banting-Foto Matt Dunbar

“Estou muito feliz por ter vencido este evento, pois confesso que vim para cá com zero de expectativas”, disse Carissa Moore. “Eu só pensava em melhorar meu surfe em ondas assim, que são parecidas com as que vamos encontrar lá nas Olimpíadas do Japão. Eu só queria surfar, sem qualquer pressão e algumas coisas fiz muito bem, mas outras vou ter que trabalhar mais. A Tyler é uma competidora incrível e até achei que ela conseguiria a vitória na sua última onda, mas, felizmente para mim, não conseguiu e eu venci o campeonato”.

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