Kelly Slater comanda Teahupoo

Foto Kelly CestariFoto Kelly Cestari

O onze vezes campeão mundial Kelly Slater deu mais um show nos tubos de Teahupoo e aumentou para cinco o seu recorde de títulos conquistados em sete finais na etapa mais desafiadora do World Surf League Championship Tour. Ele fez uma bateria perfeita computando duas notas 10 em sua primeira apresentação na última terça-feira (23) de ondas fantásticas de 5-7 pés, tirou outro 10 contra Bruno Santos nas quartas de final e totalizou 19,67 pontos de 20 possíveis na decisão contra John John Florence. O havaiano garantiu a liderança no Jeep WSL Ranking nas semifinais, quando venceu por 19,66 a 19,23 um duelo sensacional com Gabriel Medina, que também surfou um tubaço nota 10 nesta bateria.

Kelly Slater (EUA) / Foto Poullenot

Kelly Slater (EUA) / Foto Poullenot

Slater já tinha vencido o maior desafio da Liga Mundial de Surf em 2000, 2003, 2005, 2011 e agora conquista a 55.a etapa da sua carreira. Com os 10.000 pontos recebidos no Taiti, o maior ídolo do esporte saltou da 19.a para a oitava posição. Já o havaiano John John Florence tirou a lycra amarela do australiano Matt Wilkinson e Gabriel Medina permaneceu em terceiro lugar. Somente os três vão novamente brigar pela ponta na próxima etapa, o Hurley Pro Trestles, de 7 a 18 de setembro em San Clemente, na Califórnia, Estados Unidos.

“Quando olho para trás, vejo que essa foi uma das melhores vitórias que já tive”, disse Kelly Slater. “Fazer uma final com o John John (Florence) é um sonho para mim. Não é nenhum segredo que estou na reta final da minha carreira. O John John e o Gabriel (Medina) estão vindo agora e esses caras são dois monstros. O John John é um grande surfista, então quero ver quantas baterias posso fazer com ele aqui, onde ele e o Gabriel são os favoritos. Este é um momento muito especial para mim e estou muito feliz por tudo que aconteceu hoje aqui”.

John John Florence / Foto Kelly Cestari

John John Florence / Foto Kelly Cestari

“Hoje (terça-feira) deu tudo certo para mim”, continuou Slater. “Eu estava no lugar certo para pegar as ondas certas e totalmente relaxado o tempo todo. Se eu perdesse essa final para o John John, não teria nenhum problema para mim. Eu estava encarando cada bateria como um bônus. Eu estava vindo de dois anos historicamente muito ruins, então qualquer coisa que acontecesse aqui hoje ia ser bom para mim”.

Slater depois ainda surfou outro tubo nota 10 contra Bruno Santos nas quartas de final, quando vingou a derrota sofrida para o niteroiense na quarta fase. Ele também recebeu o prêmio “Andy Irons Most Committed Performance Award”, oferecido ao surfista de maior destaque no Billabong Pro Tahiti. Antes dele, os vencedores deste prêmio foram o francês Jeremy Flores (2011), o brasileiro Ricardo dos Santos (2012), o próprio John John Florence (2013), o australiano Owen Wright (2014) e o americano C. J. Hobgood (2015).




“Estou feliz porque tenho buscado esse prêmio há anos”, confessou Slater. “O Andy (Irons) certamente deve estar amarradão por eu ter ganho. A última vez que eu surfei contra o Andy foi aqui em Teahupoo e ele ganhou o evento. Foi a sua última vitória e eu perdi para ele nas semifinais. Foi uma bateria muito especial para mim e esse prêmio é muito especial. Não vejo a hora de colocar esse troféu na minha casa. É como seu eu tivesse vencido o campeonato já”.

Por João Carvalho

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