Campeã em 2015 e vice no ano passado, a catarinense Jacqueline Silva está confirmada no Brasileiro de Surf Feminino, entre os dias 22 e 24 deste mês, em Ubatuba. A experiente surfista, que já foi vice-campeã mundial do WCT, está confiante em novo título nacional e chega como uma das favoritas, diante de toda a sua história no surf.
Decidida a não voltar ao Circuito Mundial, Jacque segue com sua veia de competidora nas disputas nacionais e faz questão de participar em Ubatuba, para prestigiar atitude de Wiggolly Dantas em promover a categoria. “O surf feminino está esquecido. Se não fosse essa iniciativa, hoje seriam seis anos sem competições profissionais no Brasil, tirando dois ou três etapas do WQS que rolaram de 2011 para cá, mas falta muito investimento e acreditar mais no potencial das meninas. Precisamos fazer novas atletas e só se consegue isso com competições”, afirma.
“Se tivéssemos mais atletas com a mesma atitude do Wiggolly, seria demais. Já teríamos mais de um evento por ano. Quem sabe até um circuito”, acrescenta Jacqueline, animada em buscar um novo título. “Adoro Ubauba. Já fiz algumas finais lá desde a época de amadora e também no Super Surf. Ganhei na primeira edição, ano passado fui vice e esse ano quero ir para ganhar de novo”, ressalta.
Aos 38 anos de idade, Jacqueline Silva tem uma grande trajetória no surf. Disputou a elite mundial em 1999, depois de 2001 a 2009 e em 2012. Em 2002, garantiu o vice-campeonato mundial e em 2004 foi a sexta do ranking. No QS também fez bonito, com o bicampeonato em 2001 e 2007. Garantiu duas vitórias no WCT, em Honolua Bay, Havaí, e Gold Coast, Austrália. Já no QS foram 10 conquistas.
“Não pretendo mais voltar ao Circuito Mundial. Passou do tempo”, comenta. “Parei quando não queria ter parado, por falta de patrocínio”, lamenta a surfista de Florianópolis. No campeonato em Ubatuba, Jacqueline venceu em 2015, superando a cearense Larissa dos Santos, a paraibana Diana Cristina e a também catarinense Juliana Quint. No ano passado, ficou em segundo, atrás da cearense Silvana Lima e à frente de outra surfista de SC, Gabriela Leite e Larissa dos Santos.
Por Fabio Maradei