Havaianas dominam o pódio do Michelob ULTRA Pure Gold Haleiwa Challenger

Bettylou Sakura Johnson, Gabriela Bryan, a australiana India Robinson e a pentacampeã mundial Carissa Moore no último pódio de 2021 (Crédito: @WSL / Tony Heff)Bettylou Sakura Johnson, Gabriela Bryan, a australiana India Robinson e a pentacampeã mundial Carissa Moore no último pódio de 2021 (Crédito: @WSL / Tony Heff)

Só deu Havaí no Michelob ULTRA Pure Gold Haleiwa Challenger, que fechou a temporada 2021 da World Surf League na ilha de Oahu. No domingo, o bicampeão mundial John John Florence venceu o título masculino com nota 10 na final e as havaianas dominaram o pódio feminino na segunda-feira. A jovem Bettylou Sakura Johnson confirmou sua vaga no CT 2022 com vitória em Haleiwa e Gabriela Bryan ficou em segundo lugar, mas terminou em primeiro no ranking do WSL Challenger Series. As duas deixaram a pentacampeã mundial Carissa Moore em terceiro na final e a australiana India Robinson completou o último pódio do ano.

“Nossa Senhora, nem consigo acreditar. Esse é um momento muito importante para mim”, disse Bettylou Sakura Johnson. “Quero agradecer todo mundo que tanto me apoiou aqui na praia hoje, debaixo de chuva. Foi um dia muito significativo e só quero aproveitar esse momento agora, mantendo esse sorriso no rosto. Muito obrigado a todos aqui de Haleiwa. É um orgulho poder representar essa comunidade, vencendo esse evento em casa”.

Na decisão do título, as finalistas não tiveram muitas oportunidades para surfar. A chuva apertou, o vento também e as séries ficaram muito espaçadas. Nos últimos 15 minutos, simplesmente não entrou nada de ondas. Foi logo após Bettylou Sakura Johnson surfar uma boa onda, com seu ataque agressivo jogando água pra cima com a força das manobras executadas com pressão e velocidade. A nota 8,00 recebida garantiu a vitória por 13,17 pontos.

Ela só surfou três ondas e Gabriela Bryan só pegou as duas que são computadas no resultado, para ser vice-campeã com 11,50 pontos. A favorita Carissa Moore vinha sendo o destaque nas ondas de 3-4 pés da segunda-feira, fazendo as maiores marcas nas quartas de final e nas semifinais. Mas, terminou em terceiro lugar na bateria decisiva, com apenas 9,76 pontos. Já a australiana India Robinson só surfou uma onda nota 2,00 e ficou em último.

VAGAS NO CT 2022 – A vitória de Bettylou Sakura Johnson fez justiça, pois ela era a recordista absoluta do Michelob ULTRA Pure Gold Haleiwa Challenger, com os imbatíveis 16,60 pontos que atingiu na primeira fase e a nota 8,83 recebida nas oitavas de final. Ela chegou no Havaí em 13.o lugar no ranking do WSL Challenger Series e precisava de um bom resultado para entrar no grupo das seis que se classificavam para o CT 2022.

Essa batalha só foi decidida nas semifinais, quando ela e India Robinson barraram a última concorrente, a australiana Molly Picklum. Na bateria anterior, Carissa Moore e Gabriela Bryan já tinham acabado com as chances da norte-americana Alyssa Spencer e da francesa Vahine Fierro. Com a vitória em Haleiwa, Bettylou terminou em terceiro no ranking. Já a vice-campeã, Gabriela Bryan, tirou o primeiro lugar da Brisa Hennessy no último dia.

As outras classificadas para o CT 2022, foram a norte-americana Caitlin Simmers em quarto lugar no ranking final, a australiana India Robinson em quinto e a havaiana Luana Coelho Silva, que ficou com os mesmos 14.900 pontos da australiana Molly Picklum. A filha de pai e mãe brasileiros que nasceu no Havaí, ganhou a última vaga no desempate, por ter a maior pontuação entre as duas, os 10.000 da vitória no MEO Vissla Pro Ericeira em Portugal.

RENOVAÇÃO NA ELITE – O WSL Challenger Series estreou esse ano como o novo campo de batalha por vagas no CT, promovendo uma grande renovação na elite que vai disputar o WSL Championship Tour em 2022. Serão nove novatos entre os 12 classificados pelo ranking masculino, os brasileiros Samuel Pupo e João Chianca, os australianos Liam O´Brien, Callum Robson e Jackson Baker, o americano Jake Marshall, o havaiano Imaikalani Devault e dois surfistas da América Latina, Lucca Mesinas do Peru e Carlos Muñoz da Costa Rica. Dois vão retornar ao grupo dos melhores do mundo, o havaiano Ezekiel Lau e o americano Nat Young.

O australiano Connor O´Leary completa a lista, sendo o único que perdeu sua vaga na elite esse ano e a recuperou na mesma temporada, possibilidade criada pelo WSL Challenger Series sendo disputado após o término do CT. Entre as seis indicadas pelo ranking feminino, quem aproveitou essa chance foi a costa-ricense Brisa Hennessy. Já as outras cinco vão estrear no grupo das top-17 em 2022, as havaianas Gabriela Bryan, Bettylou Sakura Johnson e Luana Coelho Silva, a americana Caitlin Simmers e a australiana India Robinson.

SELEÇÃO BRASILEIRA – A seleção brasileira da WSL estará reduzida, de doze surfistas em 2021 para dez em 2022. Na categoria feminina, a atual vice-campeã mundial, Tatiana Weston-Webb, permanece como única representante. Já na masculina, o Brasil manteve a maioria entre os top-34, com nove concorrentes ao título, contra oito da Austrália. Os novos titulares da seleção brasileira são os jovens Samuel Pupo e João Chianca, de apenas 21 anos de idade. Eles vão se juntar aos campeões mundiais Gabriel Medina e Italo Ferreira, ao vice-campeão de 2021, Filipe Toledo, e a Yago Dora, Deivid Silva, Jadson André e Miguel Pupo.

O Michelob ULTRA Pure Gold Haleiwa Challenger fechou a temporada 2021 nesta segunda-feira em Haleiwa Beach. Mas, em janeiro o Havaí já vai sediar a abertura do World Surf League Championship Tour 2022. A primeira apresentação do novo grupo de melhores surfistas do mundo será nos tubos de Banzai Pipeline, de 29 de janeiro a 10 de fevereiro. E o segundo desafio já começa no dia seguinte em Sunset Beach, com prazo até 23 de fevereiro.

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