O lugar que quase se perdeu na história de Santos, por causa da deterioração pela passagem do tempo, se transforma novamente num cenário multicultural da Baixada Santista pela quinta vez consectutiva com a realização do Free Session mum evento que agrega cultura, esporte, música, arte, muita diversão que conquistou definitivamente seu espaço na agenda da cidade de Santos.
“Tudo que nós nos comprometemos, cumprimos. Por isso, conquistamos este direito de todos os anos realizar o evento. Só tenho a agradecer a Prefeitura de Santos que acreditou no nosso projeto e a prova disso foi a inserção dele na agenda da cidade. E a cada ano vamos trabalhar para melhorar com atrações que irão ao encontro do nosso público. A população de Santos merece qualidade na arte, no esporte e na cultura. Agradeço a toda equipe técnica, parceiros, personalidades, as bandas, enfim, a todos que diretamente e indiretamente fizeram o mínimo e o máximo para que tudo isso acontecesse”, disse o idealizador do Free Session Leonardo Branco.
A Casa da Frontaria Azulejada, localizada no centro histórico da cidade – Baixada Santista – é mantida pela Fundação Arquivo e Memória de Santos e abrigou durante quatro dias (19,20,21,22/05) um dos eventos mais importantes, ultimamente, do município que recebeu nesta edição mais de duas mil pessoas de várias faixas etárias que prestigiaram as atrações oferecidas durante todos os dias.
O quinto Free Session começou com a campanha ‘Receptação é Crime’, idealizada pelo Movimento Luann Vive. Noah Oshiro, irmão de Luann que foi vítima de latrocínio em outubro de 2015, comentou sobre a importância do ato. “É sempre bom frisar por meio de caminhadas, manifestações, campanhas que conscientize a população para mostrar que a receptação também é crime”, explica.
Durante todos os dias a entrada sempre foi um gesto de solidariedade: a troca de latas de leite em pó e agasalhos por ingressos. Ao final o resultado foi 1 tonelada de alimentos, e muitos agasalhos recolhidos e entregues para a Sociedade São Vicente de Paulo, que mantém duas creches, dois asilos e ainda assistem mais de 200 famílias.
O Free Session 2016 ofereceu ao público diversas ações simultâneas, que ocorreram no espaço que contou com a apresentação de artistas no tecido acrobático, cinema, palestras, roda de capoeira, além de rampa de skate, tarp surf, slackline e batalhas de DJs.
Com o objetivo de difundir mais modalidades esportivas o Free Session encrementou na quinta edição a competição de Jiu Jitsu, o Boxe e o Muay Thai. A Federação Paulista de Skate teve o seu momento com a premiação dos melhores de 2015. Este ano os homenageados ficaram por conta dos atletas de carveboard, profissionais da comunicação, empreendedores sociais, ambientais e culturais. Como foi o caso do ativista social de São Paulo, Sérgio Pato, que desenvolve o projeto Anjos Guerreiros. “Em nome de todos nossos atletas e familiares dos Anjos Guerreiros quero dividir esta linda homenagem”, comentou Pato, que tem como área de atuação a ladeira do Museu do Ipiranga.
O Projeto Albatroz também marcou presença com seu stand onde informou e divulgou todo o envolvimento que tem com a questão do meio ambiente. Quem visitou o espaço da Unifesp Bict Mar entendeu um pouco mais sobre energia renovável.
O Free Session desde a sua primeira edição é uma idealização do skatista, capoeirista e surfista Leonardo Branco, que há cinco anos se entrega para realizar o evento que chega em sua quinta edição e garantido para se repetir em 2017, pois está oficialmente no calendário da Prefeitura. “Foram quatro dias de muito espetáculo e o público que visitou o evento saiu satisfeito. Eles tiveram contato com uma variedade de apresentações”, comenta Branco que também preside a Associação de Carveboard das Ilhas Porchat e São Vicente, a primeira do Brasil, além de atuar como restaurador da Fundação Arquivo e Memória de Santos.
O 5º Free Session foi encerrado com um grande show que reuniu várias bandas da baixada Santista e contou com o apoio da TV Tribuna, da Prefeitura Municipal de Santos e da Fundação Arquivo e Memória.
História – A Casa da Frontaria Azulejada foi construída em 1865 como residência e armazém do comendador português Manuel Joaquim Ferreira Neto. Ficou conhecida pela fachada com influência neoclássica feita de azulejos em alto relevo importados de Portugal. Depois de ser tombada por conselhos de defesa do patrimônio histórico e arquitetônico, artístico e turístico, a casa teve sua fachada restaurada e desde 2007 o local está aberto ao público como Espaço Cultural Frontaria Azulejada, destinado a receber atividades culturais.
Fotos do 5º Free Session:
Redação InnerSport / Fotos Fran Battistini – Bonão Black – Portal OH2L