Filipe Toledo avança com nota 10

Foto Kelly CestariFoto Kelly Cestari

O defensor do título do Quiksilver Pro Gold Coast, Filipe Toledo, deu um verdadeiro espetáculo nesta segunda-feira. As ondas quebraram de 3 a 5 pés em Snapper Rocks, na Austrália. Ele foi o primeiro a se classificar para as quartas de final da etapa de abertura, e com uma variedade de manobras modernas de borda e aéreas arrancou o primeiro 10 do ano na vitória por 19,20 pontos de 20 possíveis. O campeão mundial Adriano de Souza e o estreante Caio Ibelli perderam a disputa pela segunda vaga na última bateria do dia, mas eles têm outra chance de classificação na quinta fase que será realizada nesta terça-feira.

Filipe Toledo (SP) / Foto Kelly Cestari

Filipe Toledo (SP) / Foto Kelly Cestari

Os três são os únicos que podem conseguir um inédito tricampeonato do Brasil na Gold Coast. A segunda-feira começou com vitória brasileira de Caio Ibelli sobre Jack Freestone pela repescagem. Os confrontos Brasil x Austrália continuaram na terceira fase iniciada em seguida, com Filipe Toledo despachando outro novato na elite dos top-34 este ano, Ryan Callinan. Filipinho nem precisou usar os aéreos que lhe deram a vitória no ano passado e dominou toda a bateria só com manobras de borda. Ele largou na frente com nota 7,0 e foi aumentando a vantagem a cada onda para vencer com uma “combination” de 16,60 pontos, com as notas 7,83 e 8,77 das suas últimas ondas, contra apenas 5,00 das duas melhores do australiano.

Filipe parece ter guardado munição para sua segunda bateria do dia, valendo a primeira vaga para as quartas de final do campeonato que ele venceu no ano passado. Mesmo enfrentando um recordista em finais na Gold Coast e local do pico, Joel Parkinson, o brasileiro conseguiu escolher as melhores ondas das séries que entravam em Snapper Rocks para apresentar o seu arsenal de manobras modernas e inovadoras, combinando as de borda com as aéreas para arrancar três notas excelentes dos juízes e o primeiro 10 da temporada. Foi um verdadeiro espetáculo de Filipe Toledo, que segue firme na busca pelo bicampeonato no Quiksilver Pro.

Caio Ibelli (SP) / Foto Kelly Cestari

Caio Ibelli (SP) / Foto Kelly Cestari

O campeão mundial Adriano de Souza também surfou uma onda de forma espetacular quando enfrentou o surfista que havia lhe derrotado em sua estreia na sexta-feira. Toda a torcida na praia era para o australiano Michael Wright, irmão mais jovem do top da elite, Owen, que chegou a liderar a bateria depois de uma boa onda que valeu nota 7,87. Mineirinho deu o troco pegando uma bem mais longa para ir fazendo manobras abrindo grandes leques de água, seguindo com uma série de batidas e rasgadas até o inside para receber a maior nota do dia até ali, 9,27. Com ela, garantiu a vitória por 16,17 a 14,04 pontos.

Adriano voltou ao mar no fim de tarde para disputar o último confronto do dia, mas dessa vez não conseguiu achar uma onda tão boa e o australiano Matt Wilkinson conquistou a segunda vaga para as quartas de final por 14,10 a 11,80 pontos. Outro brasileiro participou dessa bateria, Caio Ibelli, que totalizou 10,50 pontos e também terá uma segunda chance de classificação para as quartas de final. Caio vai enfrentar Joel Parkinson na abertura da quinta fase e quem passar será o adversário de Filipe Toledo na briga pela primeira vaga nas semifinais. Já Adriano de Souza pega o norte- americano Conner Coffin e o vencedor vai completar a bateria do australiano Matt Wilkinson.

Adriano de Souza (SP) / Foto Kelly Cestari

Adriano de Souza (SP) / Foto Kelly Cestari

Caio Ibelli é uma das novidades na “seleção brasileira” deste ano, junto com o também paulista Alex Ribeiro e o catarinense Alejo Muniz, que ainda recupera-se de uma cirurgia no joelho. Ele se classificou em primeiro lugar no ranking do WSL Qualifying Series e já derrubou dois australianos na segunda-feira. Primeiro ganhou o confronto de campeões mundiais da categoria Pro Junior com o também estreante na elite, Jack Freestone. E na terceira fase derrotou um dos mais experientes do circuito, Josh Kerr, logo depois de duas derrotas brasileiras seguidas na terceira fase.

Por João Carvalho

Compartilhe.