Fico Surf Festival marca uma nova geração

Rodrigo Saldanha foi um dos campeões / Foto Silvia WinikRodrigo Saldanha foi um dos campeões / Foto Silvia Winik

O maranhense radicado em SC, Álvaro Bacana, foi o grande campeão master do Fico Surf Festival, que ocorreu no último domingo (1º), na Praia do Tombo, em Guarujá, na reedição do campeonato que marcou época no final dos anos 80. Para coroar o feito, ele superou Jojó de Olivença, um de seus ídolos, garantindo uma disputa de altíssimo nível. Mais do que disputas, o que se viu foi um grande clima de confraternização, num encontro de gerações, com muito sol, ondas e praia cheia.

Todos os campeões / Foto Silvia Winik

Em outra categoria de destaque, a longboard, Jaime Viúdes, que já representou o Brasil no Circuito Mundial, voltou à disputas para esta confraternização e levou a melhor. Já na novidade do evento, a Pais e Filhos, competindo em casa, Ricardo e Pedro Pupo superaram os favoritos Jojó de Olivença e Kaipo de Jesus. A disputa, sem dúvida, foi uma das grandes atrações pelo clima amistoso entre os concorrentes, e Ricardo vibrou muito por ser a sua primeira vitória em campeonatos, ainda mais com a ajuda do filho.

A competição teve outras duas conquistas locais, com Juquinha Júnior na mirim (sub16) e Melissa Policarpo, na feminina. Na iniciante (sub14), Rodrigo Saldanha, representando São Sebastião, foi o melhor numa final com três companheiros diários de treinos no Instituto Gabriel Medina. Na estreante (sub12), o vitorioso foi Murillo Coura, também de São Sebastião, enquanto que entre os caçulas da petit (sub10) deu Kalani Robles, de Ubatuba.

Além de Jojó, outro grande ícone da história do surf, Amaro Matos, chegou a duas finais, competindo em frente de casa, sendo o terceiro master e o quarto nos pranchões. Na master, longboard, mirim e iniciante, os campeões levaram para casa passagens aéreas para o Peru, oferecidas pela Fico e Nivana Turismo. Nas outras categorias, os títulos valeram pranchas, sendo que nas disputas que tiveram viagens aos vencedores, os segundos colocados também ganharam pranchas. A premiação também teve troféus, medalhas e kits.

Junto às disputas de altíssimo nível nas ondas, o evento teve uma vertente social. A ONG Lugar ao Sol, responsável por revelar talentos do surf da Cidade, e o Lar Espírita Cristão Elizabeth, que atende milhares de pessoas numa das regiões de maior vulnerabilidade social de Guarujá receberam, cada um, R$ 3,2 mil, proveniente de parte das inscrições.

Para o empresário Raphael Levy, o Fico, idealizador desse evento em 1987, em Salvador/BA e um dos alicerces para a criação do Circuito Brasileiro Profissional naquele ano, a nova edição do evento, três décadas depois, repetiu o sucesso e alcançou o objetivo de reunir várias gerações, em muita harmonia. “Estou muito feliz. Foram três dias de um grande evento, pais e filhos, famílias. É o começo de tudo de novo. A gente volta de 30 anos atrás para agora no presente. Não tenho como agradecer a todos que participaram”, falou.

O gerente de marketing da Fico, Augusto Saldanha, ressaltou o desafio de recontar a história de 30 anos de um festival que marcou a história do surf brasileiro, com novas categorias, incluindo a base. “A responsabilidade foi muito grande. Graças a Deus foi tudo certo. Dias lindos, praia cheia. Um evento que mais uma vez marca a história do surf brasileiro”, comentou.

Por Fabio Maradei

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