Começou o Maui and Sons Pichilemu Woman´s Pro

Silvana Lima na Praia do Forte / Foto Luca CastroSilvana Lima na Praia do Forte / Foto Luca Castro

Pelo terceiro ano consecutivo, o Maui and Sons Pichilemu Woman´s Pro promove no Chile a etapa mais desafiadora do calendário feminino do WSL Qualifying Series nas grandes ondas de Punta de Lobos. O prazo começou na quinta-feira (27) e vai até domingo em Pichilemu. Esta etapa do QS 1500 é a penúltima do ranking de acesso para a elite da World Surf League e também vai decidir a campeã sul-americana de 2016 da WSL South America. A líder desse ranking é Silvana Lima, que venceu a outra etapa do QS feminino na América do Sul esse ano, o Praia do Forte Pro no litoral norte da Bahia. Silvana é uma das seis surfistas que estão se classificando para o seleto grupo das top-17 que disputa o título mundial da World Surf League e não vai competir no QS 1500 do Chile. Então, o caminho fica livre principalmente para outras duas brasileiras brigarem pelo título de melhor surfista profissional da América do Sul, a paranaense Nathalie Martins e a cearense Yanca Costa. Nathalie foi vice-campeã na final com Silvana Lima no QS 1500 Praia do Forte Pro na Bahia. E Yanca foi até as semifinais, ocupando o terceiro lugar no ranking da WSL South America.

Pódio. Praia do Forte / Foto Luca Castro

Pódio. Praia do Forte / Foto Luca Castro

A defensora do título sul-americano também confirmou presença na terceira edição do Maui and Sons Pichilemu Woman´s Pro. A peruana campeã mundial de 2004, Sofia Mulanovich, perdeu a final do ano passado para a havaiana Alessa Quizon, mas ficou com o título da WSL South America pela segunda vez. Outro destaque do Peru no Maui and Sons Pichilemu Woman´s Pro é Anali Gomez, terceira sul-americana mais bem colocada no ranking mundial do WSL Qualifying Series. Os 1.500 pontos da vitória no Chile podem leva-la da 26.a para a 21.a posição. “Este ano eu me esforcei bastante para voltar a me acostumar com o ritmo de campeonatos e vi que não vale a pena ir em lugares com ondas que não te favorecem. Mas, o Chile tem ondas que se encaixam com a minha performance”, disse Sofia Mulanovich, depois de chegar de Lobitos, norte do Peru, onde estava se preparando para a sua segunda participação no QS 1500 do Chile. “Eu adoro surfar de backside (de costas para a onda) e as ondas do Chile e do Peru são parecidas, esquerdas longas, a maioria é point break, que são mais constantes e permitem mais performance, muito boas para competir”.

Entre as chilenas, a grande aposta de título é a bicampeã nacional, Lorena Fica, que já participou de treze etapas do QS esse ano pelo mundo. Ela competiu na Austrália, Estados Unidos, Brasil, México, Costa Rica, Portugal, França, Marrocos e seus principais resultados foram conquistados nos QS 6000 da Espanha e de El Salvador, quando somou 650 pontos pelo 37.o lugar nas duas etapas com status máximo de pontuação no ranking feminino. Lorena ocupa a 65.a posição no ranking mundial e a 13.a no sul-americano. “A ideia é continuar somando pontos e para as surfistas chilenas é muito positivo ter essa etapa em casa”, disse Lorena Fica, uma das chilenas que são maioria entre as inscritas no Maui and Sons Pichilemu Woman´s Pro. “Temos a possibilidade de somar pontos importantes aqui e no meu caso seria ótimo conseguir um bom resultado para ficar entre as top-50 do ranking”.

Nos dois primeiros anos do QS feminino do Chile, só deu Havaí no alto do pódio do Maui and Sons Pichilemu Woman´s Pro. Em 2014, a jovem Dax McGill ganhou a final contra a argentina Josefina Ane. E no ano passado, a top da elite mundial, Alessa Quizon, superou a experiente campeã mundial de 2004, Sofia Mulanovich, do Peru. As duas vencedoras não vão competir no Chile, então uma nova campeã do desafio nas ondas de Punta de Lobos será conhecida esse ano em Pichilemu.

Por João Carvalho

Compartilhe.