Chico Paioli confirmado no Festival Santos de Longboard

Chico Paioli / Foto Mario Maine MoraesChico Paioli / Foto Mario Maine Moraes

Aos 65 anos, “surfista de alma” desde a decada de 60, Chico Paioli será um dos destaques no Festival Santos de Longboard nos próximos dias 16 e 17 ou 23 e 24, no final de semana que oferecer melhores condições de ondas na Praia do José Menino, no Quebra-Mar. Competindo na categoria pioneiros, destinada aos competidores com 60 anos em diante, ele está feliz em fazer parte da festa. “Parabéns pela iniciativa. Fantástica! Estou ansioso e vou tentar surfar bem. Será muito bom rever meus amigos contemporâneos e ver essa molecada muito afiada, que a maioria conheço de criança”, diz Chico. “O Festival será um marco na história do surf”, anuncia. “Sempre falo que Santos e São Vicente, a Malibu do Brasil”, relaciona.

Chico Paioli / Foto Mario Maine Moraes

Chico Paioli / Foto Mario Maine Moraes

Ele só lamenta a ausência do irmão mais velho Zé Paioli junto no mar. “Ele machucou a perna, mas está se recuperando”, conta Chico, que começou a surfar nos anos 60, na vizinha praia do Itararé, em São Vicente. “A areia era branca e o mar verde, águas claras. O meu irmão foi minha grande influência e até hoje é um surfista apaixonado pelas ondas”, recorda. “Éramos atletas, nadadores, na maioria. Nossas primeiras pranchas eram de madeirite, sem cordinha. Surfei de Madeirit, longboard, shortboad, minimodel, mas o longboard faz parte da história do surf. É o prazer de surfar e a essência do surf: liberdade”, destaca Paioli.

Daquele início “romântico” até a profissionalização de hoje, ele acompanhou e participou de toda a evolução e se sente privilegiado de ver o estágio que o esporte alcançou. “Quando começamos a surfar, nunca imaginávamos que chegaria onde está e eu creio que toda a nossa galera viva tem orgulho de ver dois campeões mundiais do Brasil. É um momento fantástico do nosso esporte”, argumenta. “Não perco uma bateria deles. Sofro e torço muito e tenho orgulho de todos. São guerreiros”, acrescenta Paioli, que segue surfando rotineiramente. “Aos finais de semana surfo sempre e agora tenho ido ao Peru”, conta.

Por Fábio Maradei

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