Cauã Costa é bicampeão do Layback Pro Prainha

Cauã Costa saiu do mar carregado pelo vice-campeão, Ryan Kainalo (Crédito da Foto: Luiz Blanco / Layback Pro)Cauã Costa saiu do mar carregado pelo vice-campeão, Ryan Kainalo (Crédito da Foto: Luiz Blanco / Layback Pro)

O cearense Cauã Costa, que mora no Rio de Janeiro desde criança, conseguiu um inédito bicampeonato no Layback Pro Prainha apresentado por Instituto O Grito na capital carioca. No domingo, o Sol apareceu, o público compareceu em massa e deu altas ondas, com séries passando dos 2 metros de altura na Prainha. Cauã repetiu a vitória do ano passado, na final entre os dois últimos bicampeões sul-americanos da categoria Pro Junior Sub-20, contra o paulista Ryan Kainalo.

“Graças a Deus, consegui o bicampeonato aqui na Prainha e to amarradão, muito feliz. A final foi irada e estou até sem palavras, gratidão total”, disse Cauã Costa, logo após ser carregado do mar até a arena do Layback Pro Prainha, pelo próprio vice-campeão, Ryan Kainalo. “O mar estava clássico, altas ondas o dia inteiro, a galera destruindo, show de surfe e é isso. O Ryan está quebrando, arrastando tudo aí também e foi um prazer fazer a final com ele. Tinha altas ondas e consegui ganhar, então estou amarradão em fazer mais uma final aqui na Prainha, com todo mundo aqui na torcida”.

Cauã Costa e Ryan Kainalo vêm se enfrentando nas competições do Pro Junior nos últimos anos. O agora bicampeão do Layback Pro Prainha, venceu os títulos sul-americanos da World Surf League nesta categoria para surfistas com até 20 anos de idade, em 2021 e 2022. O Ryan Kainalo repetiu esse bicampeonato consecutivo em 2023 e 2024. No domingo, Cauã Costa começou o dia passando pelo paraibano José Francisco nas quartas de final, depois por um local da Prainha, Leandro Bastos. Ryan Kainalo primeiro eliminou o argentino Nacho Gundesen e ganhou a semifinal de paulistas de Ubatuba com Daniel Adisaka, valendo a última vaga na final da terceira edição do Layback Pro no santuário ecológico da Prainha.

A decisão do título começou com Ryan Kainalo largando na frente com nota 5,83, das duas manobras fortes de frontside numa direita. A segunda onda do ubatubense foi boa também para somar 5,17, contra 3,43 e 3,10 do cearense que mora no Recreio dos Bandeirantes, bem perto da Prainha. Cauã Costa só entrou na briga nos minutos finais, quando conseguiu 5,63 com seu ataque de backside na junção de uma esquerda na Prainha. O cearense pega outra esquerda há 8 minutos do fim e repete o batidão na junção, ganhando nota 6,33 para inverter o jogo e deixar Ryan Kainalo precisando de 6,14 para vencer. Só que o paulista não conseguiu impedir o bicampeonato do Cauã Costa no Layback Pro Prainha, por 11,96 a 11,00 pontos.

“Eu acabei deixando passar a onda da virada pra ele. Achei que não ia ser boa, que não tinha potencial e eu tava esperando uma onda maior, para poder me distanciar. Mas estou amarradão, muito feliz porque o campeonato foi irado”, disse Ryan Kainalo, que chegou nas finais dos três últimos eventos que participou. Ele ganhou as duas etapas do Pro Junior no Peru, agora foi vice-campeão no QS da Prainha. “Estou fazendo as coisas certas, treinando bastante e aqui tinha altas ondas. Estavam um pouco grandes, mas deu para fazer boas baterias e estou feliz com o resultado”.

Com os 1.000 pontos da vitória no Layback Pro Prainha, no ranking masculino, o catarinense Lucas Vicente permaneceu na frente, seguido pelo argentino Franco Radziunas em segundo lugar, o paranaense Peterson Crisanto em terceiro e o paulista Igor Moraes em quarto. A primeira mudança foi o paraibano José Francisco, o Fininho que há muitos anos mora em Florianópolis e é o atual bicampeão catarinense de 2022 e 2023. Ele perdeu nas quartas de final na Prainha e trocou de posição com o paulista Kaue Germano, subindo do sexto para o quinto lugar. A única novidade entre os top-7 que se classificam para o Challenger Series, foi o argentino Nacho Gundesen, que também parou nas quartas de final e subiu da nona para a sétima posição no ranking.

Nacho Gundesen tirou a vaga do paulista Edgard Groggia, que não competiu na etapa carioca. Já o novo bicampeão do Layback Pro Prainha, ganhou 10 posições com os 1.000 pontos da vitória. Cauã Costa também veio direto do Challenger Series na África do Sul, para defender o título no Rio de Janeiro e saltou da 19.a para a nona colocação na classificação geral das quatro etapas completadas neste domingo. E o vice-campeão, Ryan Kainalo, subiu 23 posições com os 800 pontos recebidos, do 56.o para o 33.o lugar.

Compartilhe.