Brasileiros são maioria no Rip Curl Pro Playa Grande QS 1000 na Argentina

Playa Grande lotada na estreia do Rip Curl Pro Argentina em 2013 (Crédito: Leandro Barsocchini / Rip Curl Pro)Playa Grande lotada na estreia do Rip Curl Pro Argentina em 2013 (Crédito: Leandro Barsocchini / Rip Curl Pro)

Argentina – O Rip Curl Pro Playa Grande vai escrever nessa semana, o oitavo capítulo da história de um dos eventos do World Surf League (WSL) Qualifying Series mais tradicionais da América do Sul. A etapa masculina e feminina do QS 1000, começa nesta quarta-feira (13/04) e sempre aconteceu na Semana da Páscoa em Mar del Plata, na Argentina. Nesse ano, vai abrir a temporada 2022/2023 da World Surf League Latin America, com as vitórias valendo os primeiros 1.000 pontos nos rankings regionais classificatórios para o Challenger Series de 2023.

Um total de 86 surfistas de 8 países vai participar da oitava edição do Rip Curl Pro Playa Grande na Argentina. São 56 concorrentes ao título masculino divididos em três fases, sendo 25 brasileiros que venceram todas as sete etapas realizadas desde 2013 até 2019. A Argentina forma o segundo maior pelotão com 18 surfistas, seguido pelo Chile com 6, Peru com 4 e Uruguai, Venezuela e Panamá com 1 cada. Os 16 mais bem colocados no último ranking regional, são os cabeças de chave que só irão estrear na terceira rodada da competição.

Na categoria feminina, as 30 competidoras foram escaladas nas 8 baterias da rodada inicial. As brasileiras são maioria também, com 11 surfistas e três formam a primeira bateria. Entre elas, a recém-coroada campeã sul-americana de 2021/2022 da WSL Latin America, Sophia Medina. Além das brasileiras, 9 inscritas são da Argentina, 5 do Peru, 3 do Chile e 2 do Equador, país de Dominic Barona, que conseguiu o único bicampeonato na história do QS de Mar del Plata.

O Rip Curl Pro Playa Grande estreou em 2013 e só não aconteceu em 2020 e 2021, por causa da pandemia do Covid-19. Os brasileiros estão invictos em Mar del Plata, ganhando todas as sete etapas. O primeiro troféu de campeão do QS da Argentina, foi conquistado por Jihad Khodr numa final 100% brasileira. Depois, o também ex-top do CT, Alex Ribeiro, venceu em 2014, Robson Santos em 2015, Flavio Nakagima em 2016, Thiago Camarão em 2017, Wesley Santos em 2018 e Matheus Navarro em 2019.

Em 7 anos de história do QS de Mar del Plata, a melhor apresentação nas ondas da Playa Grande foi a do campeão mundial e medalhista de ouro na estreia do surfe nas Olimpíadas. Foi na Argentina, onde Italo Ferreira iniciou sua caminhada rumo a elite da World Surf League em 2014. Antes de ser barrado nas semifinais, Italo fez as marcas que nunca foram batidas nas outras cinco edições, nota 9,90 num aéreo espetacular e 18,70 pontos de 20 possíveis.

Os outros recordes históricos do Rip Curl Pro Playa Grande pertencem ao argentino Leandro Usuna e ao primeiro vencedor desta etapa em 2013, Jihad Khodr. Lele Usuna foi o único não-brasileiro a ser campeão sul-americano da WSL Latin America, em 2016. Ele foi quem mais competiu em Mar del Plata, disputando 21 baterias nas 7 etapas. Já o brasileiro foi quem mais saiu do mar festejando vitórias, ganhando 13 das 20 baterias que participou.

Um total de 276 surfistas de 18 países já estiveram em Mar del Plata, competindo no Rip Curl Pro Playa Grande. Foram 326 baterias realizadas desde 2013 até 2019, disputadas por 151 surfistas do Brasil, 45 da Argentina, 16 do Peru, 12 do Chile, 12 dos Estados Unidos, 9 do Uruguai, 5 do Havaí, 4 da França, 3 da Austrália, 3 da Espanha, 3 da África do Sul, 3 do Equador, 2 de Portugal, 2 do Japão, 2 da Costa Rica, 1 da Nova Zelândia, 1 da Venezuela, 1 de Porto Tico e 1 de El Salvador.

Em 2017, foi incluída a categoria feminina e a equatoriana Dominic Barona foi bicampeã das duas primeiras edições. A invencibilidade foi quebrada em 2019, pela peruana Daniella Rosas. Mas, Mimi Barona é a recordista absoluta dos 3 anos da história da etapa feminina do Rip Curl Pro Playa Grande. A melhor apresentação foi nas primeiras semifinais em 2017, quando arrancou nota 9,50 dos juízes e atingiu imbatíveis 16,75 pontos.

Quem chegou mais perto destes recordes foi a brasileira Tainá Hinckel. Nas quartas de final de 2017, ela conseguiu uma nota 9,00 e totalizou 15,00 pontos. Mas, a segunda e terceira maiores somatórias são de Mimi Barona também em 2017, 16,45 nas quartas de final e 15,15 da final do primeiro título. A equatoriana também foi quem mais vestiu a lycra de competição em Mar del Plata e quem mais venceu baterias, 86% ou 12 das 14 que disputou nos 3 anos.

As únicas derrotas de Mimi Barona nas ondas da Playa Grande foram para a argentina Lucia Cosoleto, quando se classificou em segundo lugar na segunda fase de 2017, e para a peruana Daniella Rosas nas semifinais de 2019. Entre as 44 surfistas de 8 países que disputaram as 57 baterias femininas nos 3 anos do Rip Curl Pro Playa Grande, a maioria foi do Brasil com 14 participantes, contra 11 da Argentina, 6 do Peru, 4 do Chile, 3 dos Estados Unidos, 3 do México, 2 do Uruguai e 1 do Equador, Dominic Barona.

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