Bertioga Paddle Club é a campeã da 19ª Canoa Havaiana

Volta à Ilha, Canoa Havaiana 2022 / Foto Ivan StortiVolta à Ilha, Canoa Havaiana 2022 / Foto Ivan Storti

O título da 19ª Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoa Havaiana ficou “em casa”. Com o tempo próximo do recorde e remando na frente de ponta a ponta, a equipe Bertioga Paddle Club foi a grande campeã do desafio neste sábado (26), completando os 75 km em 5 horas 48 minutos e seis segundos. A melhor marca até hoje é de 5h41min, com a Samu. Em segundo, ficou a equipe mais antiga do País, a Brucutus, também de Bertioga, com 6h09min26s, seguida da KNE Va’a, da Bahia, com 6h10min15s.

A competição teve 75 km de remada ininterruptos no mar, entre costeiras e trechos mais distantes do continente, no Rio (canal de Bertioga), com baixios, e no Porto, com largada e chegada na Praia da Aparecida, em Santos. Cada equipe contava com nove atletas, que se revezavam entre os seis remadores na canoa, fazendo as trocas em movimento, sempre com um barco de apoio acompanhando. Foram 21 equipes em ação, numa largada fantástica.

Na categoria 40+, a Surf Hoe foi a melhor, sendo a quarta no geral, seguida da Paddle Club Ilhabela na mesma categoria. Na 50+, a Sampa Canoe Club levou a melhor, ficando em sexto entre todas. A Nativos, da Bahia, foi a mais rápida na categoria mista, com o oitavo lugar, logo atrás da Nativos 50+. A primeira equipe feminina foi a Barra Va’a (RJ), em 12º lugar na classificação final, com 7h08min56s.

Desde o início, os novos campeões imprimiram um ritmo muito forte e cadenciado, tendo como meta baixar a marca atual. “Foi uma prova dura, o mar estava balançando, mas foi legal. A gente treinou e veio em busca do recorde. Foi por poucos minutos, mas é uma felicidade imensa ter disputado mais uma Volta à Ilha, junto com os amigos. Isso é o mais importante, essa festa toda. Foi só alegria”, afirmou o capitão da equipe, Mario Cavaco, que competiu junto com Cadu Zaidan, Renato Inácio, André Camilo, Tiago Aguiar, José Marcos Mendes, Tennison Aragão e Ricardo Ferreira (Seis Dedos).

Os vice-campeões também comemoram muito mais um pódio. A Brucutus é a única equipe a ter participado de todas as edições do evento, sempre comandada por Everdan Riesco. Durante o percurso, o time teve dificuldades com o barco de apoio, que ficou sem combustível, em dois momentos. Um deles, os próprios remadores foram até um posto comprar gasolina, perdendo tempo fundamental para tentar a vitória.

“Foi uma equipe de leões, todos com raça. Tivemos dois momentos difíceis. O barco de apoio apresentou problemas, ficamos remando duas horas sem trocar, isso dificultou, pensei até que não ia terminar a prova. Conseguimos nos recuperar. Corremos, fomos no posto de gasolina, compramos gasolina para o barco, graças a Deus, recuperamos”, contou Riesco.

“Agradeço a todos. Foram guerreiros. Perdemos bastante tempo, poderia ser bem melhor. A gente tinha uma estratégia para atacar dentro do canal, mas ficamos muito atrás”, falou o capitão da equipe, que teve entre os destaques da equipe Mauricinho, com 58 anos, e Fabio Ferri, médico ortopedista, que mora e treina no Canadá.

O idealizador e organizador do evento, Fábio Paiva, vibrou com o sucesso da edição, destacando, também, a preparação das equipes. “Achei que esse ano foi o melhor em índice técnico. Todas as equipes muito bem-preparadas, física e psicologicamente, e nas estratégias. Uma sinergia incrível. Esse ano reduzimos o número de inscritos, preocupados com uma nova onda da pandemia e quem participou realmente estava muito bem”, elogiou.

“Já estamos preparando a vigésima Volta para 2023. Queremos fazer uma grande festa, temos registro de tudo o que passamos e queremos fazer um presente para todos. Pretendemos aumentar o número de equipes para 50, mas promete ser mais uma festa desse life style que é a Volta. A pessoa, quando termina essa prova tem um diferencial, tem a chancela de que fez a Volta”, anunciou.

Antes da largada, a organização prestou homenagens a personalidades que colaboram com o esporte. Entre os homenageados esteve o americano radicado no Brasil, Mark Lund, um grande incentivador da cultura havaiana. Ele recebeu a placa das mãos do jornalista Fábio Maradei, que acompanha a modalidade desde a sua chegada no início dos anos 2000. Também foram lembrados o prefeito Rogério Santos, o vereador Rui de Rosis, autor do projeto que criou o Dia Municipal da Canoa Havaiana, comemorado sempre na Volta à Ilha, e o secretário municipal de esportes, Gelásio Ayres, que já competiu na modalidade.

Os resultados completos estarão disponíveis no Instagram @voltaailhasantoamaro.

A 19ª Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoa Havaiana teve o patrocínio de DP World, através do Promifae/Semes, e copatrocínio da Opium Caiaques e Canoas. Apoios: Panificadora Rainha da Barra, Baraçaí, Secretaria Municipal de Esportes de Santos/Prefeitura de Santos, TV Tribuna e FMA Notícias. Organização da Canoa Brasil, com supervisão da Abracha – Associação Brasileira de Canoa Havaiana.

Fotos Ivan Storti

Compartilhe.