Alex Ribeiro começa do “zero”

Foto Reprodução / TV TribunaFoto Reprodução / TV Tribuna

Muita gente não sbe, mas um dos novatos da elite mundial do surf competiu as três primeiras etapas do WCT no sacrifício, com um corte profundo no tendão do pé esquerdo e sentindo dores. A lesão aconteceu antes da estreia no Tour, quando treinava na etapa do QS Australia Open, em Manly. Um surfista desgovernado não conseguiu desviar e mesmo Alex tentando se esquivar, teve o calcanhar esquerdo atingido pela quilha, atingindo 15% do tendão. “Não tinha nem molhado o cabelo ainda”, lembra. “Por pouco não tive de fazer cirurgia. Atrapalhou toda a minha preparação. Tive de ficar de cama, de muleta, com uma bota. Estava 100% e tive de ficar fora d’água, sem me exercitar”, conta.

Alex Ribeiro / Foto Sloane

Alex Ribeiro / Foto Sloane

Mas com a animação e bom humor de sempre, ele mostra confiança na recuperação e está otimista para a participação no Oi Rio Pro, a quarta etapa do Circuito Mundial, que começa na terça-feira (10). “Estou bem melhor, parece que está sensível, ainda um pouco inchado, mas isso não vai atrapalhar o meu rendimento no evento. Para mim, o circuito vai começar agora”, destaca. “Vai ser muito bom competir em casa, com a torcida ajudando. Vai ser bem divertido. As pranchas estão boas, estou bem confiante”, reforça Alex, que depois de três etapas, diz que a “ficha já caiu” sobre estar na elite mundial. “É muito gratificante fazer parte dos 32 melhores do planeta. É o patamar do surf. Todos atletas almejam estar nesse lugar. E quero continuar lá dentro”, ressalta.

“Quero trabalhar para me manter. É muito bom surfar com os melhores do mundo. Atletas que eu assistia em filmes quando era pequeno e hoje estou na bateria lado a lado com eles. Só não posso me deixar levar pelo emocional. Tem de surfar de igual para igual, ter sangue nos olhos. Meu nome está lá no meio deles, que fazer um bom trabalho e fico bem feliz de ver onde cheguei e de onde eu vim”, comenta o surfista de Praia Grande. Sobre a etapa ser em Grumari, Alex faz uma avaliação positiva da onda e mesmo do local, por ser área de preservação ambiental. “Nunca tinha surfado lá. Já treinei e gostei. É uma onda boa, é um beach break, onda forte, para os dois lados. Parecida com Maresias, onde eu treino, diferente do Postinho, que é mais curta, perto da areia. É um lugar muito bonito e acho que todos vão curtir”, diz.

Por Fábio Maradei

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