A decisão será no Hawaii

Italo campeão (@WSL / Masurel)Italo campeão (@WSL / Masurel)

Com a vitória do MEO Rip Curl Pro, por Ítalo Ferreira, em Portugal, a decisão do título mundial ficou então para a última etapa no templo sagrado do esporte, Banzai Pipeline, no Havaí. A batalha segue com três concorrentes e Medina vestindo a lycra amarela do Jeep Leaderboard no Billabong Pipe Masters. Filipe Toledo e Julian Wilson agora estão empatados em segundo lugar e já necessitam chegar na grande final para superar os atuais 56.190 pontos do líder. Se Medina chegar nas semifinais, ambos precisarão unicamente da vitória no Havaí.

Caso aconteça uma decisão entre Filipe e Julian, o vencedor será o campeão mundial de 2018. A final só não poderá ser com Gabriel Medina, pois a batalha do seu segundo título é passar das semifinais. Ele já disputou o troféu de campeão do Pipe Masters duas vezes. Em 2014, já chegou como primeiro campeão mundial do Brasil e Julian Wilson venceu o show de tubos nos minutos finais. No ano seguinte, confirmou o título de Adriano de Souza ao derrotar Mick Fanning nas semifinais e Mineirinho festejou a conquista com a vitória no Havaí.

Agora, se seus concorrentes não tropeçarem pelo caminho, Medina terá que chegar na final de novo para se tornar o primeiro brasileiro bicampeão mundial da história da World Surf League. Ele não consegue isso desde a decisão verde-amarela de 2015 com Mineirinho. Mas, Julian Wilson e Filipe Toledo também não chegaram na final em 2016 e nem em 2017, nos anos do bicampeonato mundial do havaiano John John Florence. O australiano só conseguiu decidir o título em Pipeline uma vez em sete participações, na vitória sobre Medina. Filipe disputou cinco Pipe Masters e seu melhor resultado foi um quinto lugar nas quartas de final do mesmo ano de 2014, contra o próprio Medina.

O Billabong Pipe Mastes também será decisivo para definir o grupo dos top-34 que vai disputar o título mundial de 2019 no World Surf League Championship Tour. Os 22 primeiros colocados no Jeep Leaderboard permanecem na elite e sete dos onze titulares da “seleção brasileira” deste ano estão na lista, Gabriel Medina em primeiro lugar no ranking das dez etapas completadas em Portugal, Filipe Toledo em segundo, Italo Ferreira em quarto, Willian Cardoso em 13º seguido por Michael Rodrigues em 14º, Adriano de Souza em 17º e Yago Dora na ameaçada 22ª e última vaga para o ano que vem.

O francês Joan Duru ganhou dez posições com o vice-campeonato no MEO Rip Curl Pro Portugal e está logo abaixo dele, ultrapassando os 18.400 pontos do catarinense com um nono lugar no Havaí. Entre os brasileiros que ainda podem entrar na zona de classificação para o CT 2019, o catarinense Tomas Hermes em 25º no ranking, também precisa chegar na quarta fase para tirar a 22ª posição de Yago Dora. O pernambucano Ian Gouveia e o paulista Jessé Mendes estão empatados em 29º e só conseguem isso se chegarem na final do Billabong Pipe Masters. Além dos três, também está fora dos top-22 o paulista Caio Ibelli, contundido desde a segunda etapa do ano.

Caso Tomas, Ian, Jessé e Caio, saiam da elite do CT esse ano, outros quatro estão se classificando entre os dez indicados pelo WSL Qualifying Series, para manter a maioria brasileira no CT com onze surfistas. O paranaense Peterson Crisanto está em quinto no G-10, o paulista Deivid Silva em sexto, o potiguar Jadson André em sétimo e o catarinense Alejo Muniz em décimo. Eles terão chance de disputar pontos em casa no último evento importante antes do encerramento da temporada na Tríplice Coroa Havaiana, o Red Nose São Sebastião Pro com status QS 3000, de 31 de outubro a 4 de novembro na Praia de Maresias.

Por João Carvalho

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