Testinha repete feito de Burnquist

O ativista Sandro Testinha, idealizador de um dos mais importantes projetos sociais envolvendo o Skate como ferramenda de inclusão do País está entre os 12 mil brasileiros escolhidos pelo Comitê Rio 2016 para conduzir a tocha Olímpica pela cidade de Poá, na Grande São Paulo. A tocha, até chegar ao seu destino, passará por 27 Estados e cada condutor correrá 200 metros até concluir o revezamento. O destino final da Chama Olímpica será no Maracanã, na cerimônia de abertura, no dia 5 de agosto. O skatista foi escolhido pelo reconhecimento do trabalho socioeducativo desenvolvido com aproximadamente 120 crianças no bairro de Calmon Viana, em Poá, por meio da ONG Social Skate.

1896967_816478405033693_57897971_nSandro Testinha quer repetir o feito de um outro skatista e amigo Bob Burnquist, que em 2004 foi um dos convidados a carregar a tocha das Olimpíadas de Atenas durante a passagem da Chama pelo Rio de Janeiro. “Para mim é uma honra ser convidado para participar de um evento tão importante como este, que ficará marcado em minha vida e também de repetir um gesto de outro skatista que eu tanto admiro que é o Bob”, diz Testinha. Sandro Testinha nasceu na Vila Matilde, bairro da Zona Leste paulistana, e teve uma infância simples, mas feliz. O que começou como uma brincadeira em sua vida se transformou em seu maior desafio: mudar mentes usando o skate.

O skatista iniciou sua história com o esporte aos 14 anos de idade, e através dele aprendeu muitas coisas para a sua própria vida como “cair e levantar, corrigir seu posicionamento e tentar de novo até conseguir o acerto”. Porém, não parou por aí, ele queria passar isso para frente e certamente conseguiu e aplica diariamente por meio do projeto o Manobra do Bem aos seus aproximadamente 120 alunos . Sua caminhada é longa, ele começou dando aulas de skateboard para internos da Fundação Casa (antiga FEBEM), durante dez anos, lá viu muitas crianças e jovens serem reabilitados por meio do esporte, que segundo ele possui valores “ocultos”.

Mas, em 2011, foi desligado da Fundação, porém, o skatista em nenhum momento pensou em desistir, e hoje preside a ONG Social Skate e toca seu trabalho envolvendo as crianças de sua cidade, Poá (SP). Todos os dias acontece o famoso café da manhã para os alunos da comunidade e depois disso as aulas de skate, mas ele quer mais. “A minha trajetória foi e sempre será de cabeça erguida. Com vontade de fazer a diferença e eu sei que estou alcançando isso. São conceitos que trago dentro de mim, passo para os meus alunos e espero que meus filhos levem adiante “. ressaltou. Sandro é casado com a pedagoga Leila Vieira, responsável pelas oficinas de artes da ONG e ambos cuidam dos filhos Brenda e Breno.

Por Charles Roberto

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