Tatiana é a terceira no ranking mundial

Tatiana Weston-Webb / Foto Matt Dunbar Tatiana Weston-Webb / Foto Matt Dunbar

A Gaúcha Tatiana Weston-Webb, assim como na categoria masculina,  realizou uma final Brasil x Estados Unidos, valendo a vice-liderança isolada no ranking. Tatiana começa melhor com nota 6,67 de dois ataques explosivos de frontside numa esquerda. Ela repete a dose combinando duas manobras para somar 4,67. Aí veio a primeira calmaria da bateria, sem entrar ondas. Depois, a vice-campeã mundial Caroline Marks, pega uma onda boa que abre a parede para fazer quatro manobras expressivas, jogando a rabeta e invertendo a direção da prancha, para entrar na briga com nota 7,27. Logo a californiana pega outra onda e assume a ponta com 4,93.

A brasileira fica precisando de 5,54 para conquistar sua segunda vitória da carreira no CT, só que não consegue mais achar ondas com potencial para isso na segunda metade da bateria de 30 minutos. A americana ainda pega uma para fazer um cutback estiloso trocando a borda, uma rasgada forte levantando água e mais um cutback antes da finalização, trocando o 4,93 por 5,30. Com essa nota, Caroline Marks festeja sua terceira vitória no CT por 12,57 a 11,34 pontos. As outras duas foram em 2019, na Gold Coast e em Portugal.

“Sempre que você está na final, você quer ganhar né. Esse era o sonho e não deu certo, mas o segundo lugar foi bom também. Eu quero agradecer a todos pelo apoio. Essa semana foi incrível, deu para mostrar um pouco do meu surfe e vamos com tudo para Margaret River”, disse Tatiana Weston-Webb, que vai disputar medalha para o Brasil nas Olimpíadas de Tokyo, junto com Silvana Lima, Gabriel Medina e Italo Ferreira. “O Gabriel, o Italo e a Silvana, sempre estão me inspirando. A gente tem um time incrível para as Olimpíadas e não vejo a hora de estar lá no Japão representando a bandeira brasileira”.

O sonho da segunda vitória de Tatiana Weston-Webb não se concretizou, mas ela derrotou duas estrelas do surfe mundial para chegar em sua oitava final em etapas do CT. Ela vingou a derrota sofrida também nas semifinais para a tetracampeã mundial Carissa Moore em Pipeline no Havaí. Tati surfou um belo tubo nas esquerdas de Narrabeen, ficando entocada lá dentro e saindo embaixo da guilhotina para receber nota 6,23. Há 5 minutos do fim, pega uma direita para desferir três ataques verticais de backside que valem 7,67. Com essa nota, sacramenta a vitória sobre a havaiana por 13,90 a 10,80 pontos.

Antes, Tatiana tinha atingido um feito histórico de 100 vitórias em baterias do CT, na sua primeira apresentação na terça-feira em Narrabeen. Ela não poderia escolher uma oponente melhor para isso, a surfista que mais enfrentou na divisão de elite da World Surf League, Sally Fitzgibbons. A brasileira dominou todo o confronto e aumentou para oito a invencibilidade sobre a australiana iniciada nas semifinais da etapa de Fiji em 2017. Foi a 12.a vez que Tatiana superou Sally, que ainda está na frente com 13 vitórias em 25 baterias completadas nas quartas de final do Rip Curl Narrabeen Classic.

A gaúcha volta a ocupar a terceira posição no ranking, como iniciou a temporada 2021 do WSL Championship Tour no Havaí. Ela tinha caído para o quinto lugar na primeira etapa da “perna australiana” em Newcastle e agora tem até chances matemáticas de brigar pela liderança no Boost Mobile Margaret River Pro. Mas, já precisa vencer essa etapa e a Carissa Moore não passar nenhuma bateria, o que é bastante improvável. Tatiana volta a figurar na lista provisória das top-5 do ranking que vão decidir o título mundial no Rip Curl WSL Finals, em setembro na Califórnia.

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