Eduardo Barrionuevo / Foto Divulgação
O atleta profissional Eduardo Barrionuevo e outros tantos surfistas de Guarujá, no litoral de São Paulo, tiveram uma grande surpresa no último sábado (14/11). Para eles era apenas mais um dia normal de ir à praia de bicicleta e surfar. No entanto, o dia foi diferente para surfistas que tiveram suas bicicletas apreendidas pela Guarda Municipal, na Praia das Pitangueiras.
A GCM resolveu apreender todas as bikes, sem alegar um motivo plausível para o ato. As bicicletas estavam encostadas no morro do canto do Maluf, comportamento que é repetido por tradição no local. Detalhe: não há nenhuma placa de sinalização que trate do assunto.
A cena, um tanto quanto inusitada, chocou até quem observada os atletas no mar. Um dos GCMs utilizou do abuso de autoridade, segundo relatos, e chegou a apontar a sua arma para algumas pessoas. Mesmo após os surfistas serem tratados como “bandidos” eles tentaram conversar com os guardas para uma liberação passiva das bicicletas, mas não teve conversa, todas foram apreendidas.
A GCM teve que fazer várias viagens. Entre as “magrelas”, uma era do atleta profissional de surfe e representante da cidade em eventos municipais, Eduardo Barrionuevo. “Moro aqui há anos e sempre deixei a bicicleta no mesmo local, assim como todos os surfistas locais e visitantes do pico, nunca fomos se quer notificados por algo errado, estou indignado com isso. E, agora? Muitos de nós, como eu, dependemos das bicicletas para trabalhar. O que eles fizeram foi um grande abuso de autoridade, disse.
“Está cada vez mais complicado surfar no local que moramos, sendo que não temos mais nem onde deixar a bicicleta, isso é uma falta de respeito com toda comunidade do surf”, finaliza.
A comunidade do surf do Guarujá pede respostas a GCM e a prefeitura, pedindo um bicicletário para o local, e placas de sinalização, além do respeito pelo próximo durante as abordagens.