Sophia Medina quer título no Brasileiro de Surf Feminino

Sophia Medina é mais uma atração no Brasileiro de Surf Feminino, que começa nesta sexta-feira (22), em Ubatuba. Vice-campeã sub12 no ano passado, a surfista de Maresias vai em busca do inédito título. “As expectativas são boas. Esse campeonato é muito importante, porque não temos muitas competições femininas no Brasil. Queria dizer que é muito legal a família Dantas fazer esse evento”, destaca Sophia, que já atua como uma espécie de ‘embaixadora’ do surf feminino, enaltecendo a iniciativa de Wiggolly em ajudar a fortalecer a categoria. “A minha geração tem muito potencial e pouco investimento em campeonatos e atletas. Esse apoio do Guigui é muito legal”, fala a atleta.

Sophia Medina / Foto Aleko Stergiou

Na competição, ela disputará a sub12 e a sub14, com a orientação do pai, Charles Saldanha, igual como fazia com Gabriel no início de carreira. “Vai ser muito importante porque ele sempre me orienta, treina, corrige o que precisa, junto com os técnicos do IGM”, referindo-se ao Instituto Gabriel Medina, onde treina diariamente. “Os treinos e tudo que tem lá estão me ajudando a evoluir cada vez mais”, ressalta.

Ela chegará direto da Califórnia/EUA e antes esteve nas Maldivas, acompanhado o irmão. “A viagem foi ótima, deu para treinar. A onda em Trestles é parecida com Itamambuca e surfei todos os dias para chegar no campeonato preparada”, afirma a atleta.

Para Charles, acompanhar Sophia nas competições tem a mesma emoção de quando iniciou com Gabriel Medina. “É igual quando o Gabriel ia disputar um campeonato importante. Aquela mistura entre o pai e técnico, tentando sempre manter o foco, a tranquilidade, mas nunca deixando as emoções de lado. Tenho orgulho de estar com minha filha num campeonato importante”, comenta o técnico do primeiro brasileiro campeão mundial de surf.
A mãe, Simone Medina, também estará junto e não esconde a ansiedade de ver o mesmo filme passando novamente. “É um prazer ver a Sophia seguir os passos do irmão. Também é tenso como acontecia com o Gabriel. Ficamos na expectativa do final da bateria, torcendo e vibrando até o toque da buzina (sinalizando o final da disputa). Não tem diferença. A sensação é a mesma. É bom ver os filhos fazendo o que amam com alegria”, completa.

Por Fábio Maradei

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