Seleção brasileira é hegemonia no WSL 2018

Gabriel Medina (SP) (@WSL / Ed Sloane)Gabriel Medina (SP) (@WSL / Ed Sloane)

A nova “seleção brasileira” já está escalada para estrear na temporada 2018 do World Surf League Championship Tour na Austrália. Os campeões mundiais Adriano de Souza e Gabriel Medina, os também paulistas Filipe Toledo e Caio Ibelli, o potiguar Italo Ferreira, o pernambucano Ian Gouveia e as novidades do time este ano, o paulista Jessé Mendes, os catarinenses Tomas Hermes, Yago Dora, Willian Cardoso e o cearense Michael Rodrigues, já sabem as primeiras baterias que vão disputar no Quiksilver Pro Gold Coast, que começa no dia 11 de março nas direitas de Snapper Rocks, na Austrália.

Adriano de Souza (SP) (@WSL / Ed Sloane)

Neste ano, pela primeira vez na história do Circuito Mundial, a maioria de surfistas da divisão de elite não será de australianos e foram os brasileiros que quebraram este tabu que norte-americanos e havaianos nunca conseguiram. São tantos, que alguns irão se enfrentar nesta rodada em que a vitória vale passagem direta para a terceira fase, mas os perdedores têm uma segunda chance de classificação na repescagem. Os onze titulares da “seleção verde-amarela” foram divididos em oito baterias, ou seja, três delas terão dois disputando a vaga direta para a terceira fase com um surfista de outro país.

A primeira participação dupla será na quinta bateria, encabeçada pelo campeão mundial de 2014 e vice do ano passado, Gabriel Medina. O potiguar Italo Ferreira foi escalado junto com ele e o terceiro componente será um dos dois convidados (wildcards) do evento. Na sétima bateria, o outro campeão mundial do Brasil, Adriano de Souza, número 1 de 2015, está com um dos estreantes desse ano, Willian Cardoso, além do igualmente experiente australiano, Adrian Buchan.

Jessé Mendes (SP) (@WSL / Smith)

Outro catarinense que vai disputar o CT pela primeira vez, Tomas Hermes, está na décima, encabeçada por Filipe Toledo e pelo português Frederico Morais. Os outros novatos também já conhecem seus dois adversários e devem estar ansiosos para vestir a lycra de competição do Quiksilver Pro Gold Coast para entrar na água em Snapper Rocks. O cearense Michael Rodrigues foi o último brasileiro a ser confirmado no CT 2018 e será o primeiro deles a competir, na segunda bateria com o australiano Matt Wilkinson e o taitiano Michel Bourez. Ele compete logo depois do paulista Caio Ibelli abrir o campeonato com o defensor do título desta etapa, Owen Wright, da Austrália, e o havaiano Ezekiel Lau.

O jovem catarinense Yago Dora estreia na nona bateria, com os experientes Joel Parkinson e Jeremy Flores. E o paulista Jessé Mendes já vai encarar dois grandes ídolos da sua geração de uma vez só, os campeões mundiais Kelly Slater e Mick Fanning. Quem também compete sozinho com dois surfistas de outros países é o pernambucano Ian Gouveia, na quarta bateria com o australiano Julian Wilson e o francês Joan Duru. A temporada 2018 coroa o Brasil como uma das maiores potências do esporte, pois pela primeira vez na história, a maioria de surfistas na elite que disputa o título mundial, não é de australianos. Os brasileiros conseguiram este feito inédito mantendo seis dos nove integrantes do time de 2017 e conquistando metade das dez vagas do WSL Qualifying Series.

Willian Cardoso (SC) (@WSL / Kelly Cestari)

Austrália só conseguiu uma com Wade Carmichael e perdeu cinco dos doze surfistas que disputaram o CT em 2017, ficando apenas oito para esse ano, como os veteranos campeões mundiais Mick Fanning e Joel Parkinson. O time norte-americano manteve os quatro de 2017, como Kelly Slater, mas terá dois reforços, o estreante Griffin Colapinto e Patrick Gudauskas retornando a elite com a última vaga no G-10 do QS. O Havaí aumentou sua equipe de três para quatro surfistas, a França permanece com os dois do ano passado, assim como a África do Sul com Jordy Smith, Portugal com Frederico Morais e o Taiti com Michel Bourez.

O prazo do Quiksilver Pro Gold Coast começa em 11 de março e vai até o dia 22 em Snapper Rocks, com a etapa de abertura do World Surf League Championship Tour 2018 sendo transmitida ao vivo e pelo Facebook Live da WSL.

Por João Carvalho

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