Samu comemora o hexa na 17ª temporada de Canoa Havaiana

Foto Fabio MaradeiFoto Fabio Maradei

Equipe com mais títulos no Brasil, a Samu Team Brazil garantiu o hexacampeonato na 17ª Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoa Havaiana, uma das principais provas da modalidade no Mundo, no sábado (14), com largada e chegada em Santos. O experiente time da capital paulista liderou os 75 km de percurso, desde as primeiras remadas, imprimiu um ritmo forte e cadenciado, para chegar muito perto de seu próprio recorde, ficando a menos de sete minutos da melhor marca, com 5 horas 48 minutos e 9 segundos.

A Brucutus, de Bertioga, única equipe presente nas 17 edições do evento, repetiu o segundo lugar do ano passado, terminando o desafio oito minutos depois. O grupo terminou em 5h56min29s, abrindo quase meia hora de dianteira da terceira colocada, a Paddle Club Ilhabela, que comemorou o primeiro lugar da categoria master (40+), com 6h24min15s.

Ainda na open masculino, a Maikekai Buriquioca, mais uma equipe de Bertioga, chegou com 6h30min50s, com a Kne Va’a Team, de Salvador/BA, na sequência, com 6h39min11s. Destaque, também para a categoria mista (três homens e três mulheres na canoa), com vitória da Poseidon, de Santos, com 6h55min15s, sendo a décima no geral. Na master 50+, a Sampa Canoe Club foi a melhor, com 7h02min01s, na 11ª colocação entre todas que largaram. Já na disputa feminina, vitória da Odoya/ Vinca Consórcio, representando São José dos Campos, com 7h12min56s, na 16ª posição total.

Disputada sob um sol forte, a prova teve como grande dificuldade a segunda parte do percurso, no Canal de Bertioga, com maré contra e muito baixa, com vários atletas encostando as pás dos remos no fundo. Nos 75 km de percurso, o que valeu foi a estratégia de leme e, sobretudo, de revezamentos. Cada equipe conta com nove integrantes, sendo seis na canoa e três indo no barco de apoio para as seguidas substituições, para manter o ritmo constante.

A Samu já saiu na frente na largada, remando muito forte para ganhar a ponta antes mesmo de atravessar o Canal de Santos, em direção à Ilha das Palmas. Durante a primeira metade, a Brucutus ainda tentou acompanhar e mantinha distância visual, mas no Canal de Bertioga, os hexacampeões abriram mais vantagem. Apesar de chegarem muito perto do recorde, o capitão da equipe, Sérgio Prieto, disse que o resultado foi muito importante.

“Foi uma prova dura. Não conseguimos fazer nenhuma tangência no Canal, então tivemos de procurar a parte mais funda o tempo todo. Mas fizemos uma boa prova e se tivesse a condição um pouquinho melhor, teríamos batido o recorde”, disse. “Uma vitória dessas nos motiva a buscar novas conquistas”, complementou Serginho, referindo-se à vontade de tentar competir novamente na Travessia Molokai-Oahu no Havaí, onde já foram os décimos.

Junto com Serginho, remaram na Samu os atletas experientes como Rafael Leão, com 15 participações na Volta, Murilo Pinheiro, Dave Macknight, Alan Reynol, Luiz Guida, o Animal, junto com os reforços Vitor Pogetti, Robert Almeida e o Rafael Santacreu.

Presente em todas as edições da Volta à Ilha, o capitão da Brucutus, Everdan Riesco, destacou a força dos campeões e se emocionou em ver a equipe novamente entre as duas melhores. “A Volta é uma prova maravilhosa, dura, nível altíssimo. A Samu é uma equipe fenomenal. São todos atletas bem preparados. Tentamos manter no visual, mas não deu”, disse Riesco.

Antes da largada, feita no estilo Le Mans, com todos atletas posicionados na areia para empurrarem as canoas para o mar, o organizador do evento, Fábio Paiva, prestou homenagens a pessoas que contribuíram para o crescimento da canoagem e, sobretudo, da canoa havaiana. Foram lembrados Valdir Seabra, o jornalista Fábio Maradei, o secretário de esportes, Gelásio Fernandes, e o vereador Ruy de Rosis, que instituiu o Dia Municipal da Canoa Havaiana, sempre comemorado em março na data da Volta à Ilha de Santo Amaro.

Fábio Paiva comemorou o novo sucesso, com 31 equipes participando da competição. “A gente vem com uma reflexão lá de trás, desde a primeira Volta, quando começamos e todos achavam que éramos loucos. A prova vem crescendo cada vez mais. As equipes se encorajando, se preparando mais para um desafio como esse, que a gente nunca sabe o que pode acontecer”, comentou.

Ele destacou a transmissão ao vivo pela internet e no painel de LED na Praia. “As pessoas conseguiram ter um pouco da sensação que temos no mar, acompanhando as canoas, vendo o trabalho de equipe. Esse sentimento é imensurável, principalmente nesse ano que a canoa completa 20 anos no Brasil. É muita emoção. Tenho de agradecer o apoio da Prefeitura, através da Semes, e os nossos patrocinadores, sobretudo a DP World, desde 2016 com a gente”, destacou.

“É um trabalho que vem crescendo, de formiguinha, mas sólido. Hoje você vê a nossa Cidade instituindo o Dia da Canoa Havaiana. É fantástico! Temos uma equipe de trabalho engajada, comprometida, mais de 80 pessoas preparadas para dar um baita de um presente para quem gosta de remar”, complementou Fábio, anunciando que a 18ª edição da Volta à Ilha de Santo Amaro já tem data definida, 20 de março de 2021, novamente com largada e chegada na Praia da Aparecida.

Outra campeã na prova deste ano foi a equipe Noanacanoa – Defesa Civil, de Angra dos Reis, capitaneada por Marcelo Lopes, faturando o troféu do projeto social. O time doou 147 latas de leite em pó, Sustagem e Nutren Kids, de um total de 527 entre todas as equipes e entregues à “Abraccii – Associação Brasileira de Apoio e Combate ao Câncer Infanto Juvenil”, de Santos.

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