Rumo a 2018

Italo Ferreira (RN) (@WSL / Tony Heff)Italo Ferreira (RN) (@WSL / Tony Heff)

O último a ser confirmado foi o cearense Michael Rodrigues, para a elite dos top-34 que vai disputar o título mundial de 2018 no Championship Tour. Ele ficou ameaçado de sair do G-10 até o último minuto das semifinais do Vans World Cup of Surfing fechou o WSL Qualifying Series 2017, que terminou no último sábado, no Havaí. Foi quando seu último concorrente, Patrick Gudauskas, terminou em quarto lugar na bateria e tiraria o brasileiro da lista se tivesse ficado em terceiro pelo menos.

Conner Coffin (EUA) (@WSL / Tony Heff)

Os outros classificados foram o paulista Jessé Mendes, os catarinenses Tomas Hermes, Yago Dora, Willian Cardoso e o potiguar Italo Ferreira. Os norte-americanos também festejaram no último dia, com Griffin Colapinto tirando o primeiro lugar no ranking final do QS 2017 do brasileiro Jessé Mendes, Conner Coffin vencendo a World Cup e Kolohe Andino sendo o vice-campeão. O australiano Wade Carmichael ficou em terceiro lugar e o próprio Colapinto em quarto no QS 10000 de Sunset Beach.

O cearense é a quinta novidade na “seleção brasileira” do CT no ano que vem. Os outros que também nunca fizeram parte do seleto grupo dos 34 melhores surfistas do mundo e vão estrear na divisão principal da World Surf League em 2018 são o paulista Jessé Mendes e os catarinenses Tomas Hermes, Yago Dora e Willian Cardoso. O potiguar Italo Ferreira já era da elite e confirmou sua permanência entre os dez indicados pelo QS no sábado também em Sunset Beach.

Em 2018, o Brasil estará reforçado por um surfista a mais do que os nove deste ano, pois quatro estão entre os 22 primeiros do CT que são mantidos na elite dos top-34, os campeões mundiais Gabriel Medina e Adriano de Souza, Filipe Toledo e Caio Ibelli. E este número pode até aumentar, caso Miguel Pupo e Wiggolly Dantas consigam entrar no G-22 do CT no Billabong Pipe Masters, que começa nesta sexta-feira, 8 de dezembro. Pupo está em 23.o no ranking e Wiggolly é o 24.o, seguido por Italo Ferreira em 25º Se o potiguar se classificar pelo CT, sua vaga no QS fica para o americano Patrick Gudauskas.

Os brasileiros chegaram no sábado com maioria entre os 32 escalados nas oitavas de final que abriram o último dia em Sunset Beach. O mar tinha baixado um pouco em relação aos outros dias, mas o swell continuou bombando séries pesadas de 2 metros, porém com longos intervalos entre as séries e poucas ondas boas entrando nas baterias. Os sete brasileiros ficaram divididos em cinco baterias.

Na primeira do dia, entraram dois e só um passou, Caio Ibelli, na vitória de Dion Atkinson. Os favoritos eram o campeão mundial Adriano de Souza e outro australiano, Matt Wilkinson, que acabaram eliminados. O peruano Miguel Tudela competiu na segunda e ficou em último. A terceira foi outro confronto direto entre Brasil e Austrália que terminou empatado, o baiano Bino Lopes venceu, Stu Kennedy passou em segundo e Miguel Pupo, que estava bem próximo do G-10, não achou as ondas nas condições irregulares do mar e ficou em último.

Na bateria seguinte, Wiggolly Dantas usou seu “backside attack” explosivo nas direitas de Sunset Beach para avançar junto com seu principal concorrente no ranking da Tríplice Coroa Havaiana, Griffin Colapinto. Depois, os brasileiros começaram a ajudar Michael Rodrigues a permanecer no G-10. Italo Ferreira barrou o sul-africano Michael February, que já tiraria a vaga do cearense se passasse essa bateria encerrada com vitória portuguesa de Vasco Ribeiro. E Lucas Silveira despachou outro forte concorrente que estava se aproximando a cada rodada, o italiano Leonardo Fioravanti.

Por João Carvalho

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