Pedro Tanaka e Stephanie Frumento faturam o Brasileiro Universitário de Surf

Foto: Marcio RovaiFoto: Marcio Rovai

O paulistano Pedro Tanaka, do Mackenzie, e a guarujaense Stephanie Frumento, da Unaerp, são os novos campeões brasileiros universitários de surf. Os títulos foram comemorados na etapa decisiva do 20º Circuito Paulista Universitário de Surf, neste domingo (2), na Praia de Maresias, em São Sebastião. O evento também definiu os campeões estaduais, com os vencedores da etapa inicial, em Ubatuba, confirmando os canecos.

Pedro Tanaka/ Foto: Marcio Rovai

Guilherme Silva, da Faculdade Don Domênico, de Guarujá, garantiu o bicampeonato na open (alunos do litoral); Yuri Aguiar, do Mackenzie, levou na paulistana (quem estuda na capital e interior); Yohanna Sarandini, de Santo André, estudante da Faculdade do ABC, foi a melhor na feminina; enquanto que o santista Maurício Duarte voltou a erguer o troféu na formados (foi campeão na estreia da categoria em 2008).

Já no Tag Team, o Mackenzie manteve a hegemonia, enquanto que na Lenovo Xpression Session, deu Guilherme Silva. Para completar a festa e comemorar os 20 anos ininterruptos do Circuito Paulista, outro grande momento com a bateria demonstração dos ‘legends’, reunindo diversos campeões nesses 20 anos de história e alguns convidados.

Junto às disputas, o que se viu na grande arena montada na areia foi muito entretenimento nas várias atividades gratuitas, tanto para os atletas quanto para o público. Um final de semana com muito surf e muita diversão. Outra atração foi o desfile da Garota Universitária, com oito semifinalistas sendo que a grande decisão do concurso será na TW Eventos, com as quatro finalistas, na próxima sexta-feira, na TW Eventos, em São Paulo.

“Estou muito feliz de ter a praia cheia, não só a galera que está estudando como o pessoal que fez parte desses 20 anos. Hoje profissionais em suas áreas e que continuam surfando. Foi um momento especial, um evento especial. Graças a Deus foi tempo bom, ondas, um clima legal e muita festa”, vibrou o presidente do Instituto Brasileiro de Surf (Ibrasurf) e organizador do campeonato, Alexandre Zeni.

O mar melhorou no domingo, com ondas de até um metro, garantindo grandes apresentações. Antes do Brasileiro, as atenções foram para o tradicional título paulista. A primeira final foi dos formados. Kaipo de Jesus, da Unaerp, filho do bicampeão brasileiro profissional, Jojó de Olivença, saiu na frente, mas Maurício Duarte chegou junto com um 6,35 e depois virou com um 5,10, para comemorar os 100% de aproveitamento em 2018 e o seu segundo título na categoria dez anos depois.

Kaipo terminou em segundo por uma diferença mínima – 11,45 a 11,25. Outros dois ex-campeões do Circuito também estavam na final: Diego Rodrigues, da Universidade Braz Cubas, ficou em terceiro, com João Carlos Chaves, da Unisantana, em quarto. “Com dez anos de Circuito eu fui campeão e agora com 20 de novo. Ainda mais em Maresias, a onda que eu mais gosto. Demais, competir nesse cenário é uma grande energia. Alegria, curtir e agora é churrasco”, vibrou o hoje professor universitário e pesquisador, que já tem mestrado e doutorado na área de Direito.

Entre as meninas, Renata Monteiro, que faz pós-graduação em artes visuais, pela Unip, e é de Mongaguá, liderou toda a disputa. A vencedora da etapa inicial, Yohanna, acabou em quarto, mas suficiente para ser a nova campeã. Stephanie Frumento, da Unaerp, terminou em segundo, com Caroline Peres, do Unilus, em terceiro.

Na paulistana, Pedro Tanaka, tricampeão paulista de 2015 a 2017, deu um show antes mesmo de levar o Brasileiro, sendo o vencedor da etapa. Abriu com 7,5, depois garantiu a melhor nota do evento, 8,5, com um aéreo, e na sequência repetiu a pontuação voando de novo, para completar 17 pontos de 20 possíveis.

As notas garantiram mais uma vitória no currículo e também a Quiksilver Best Wave, com uma wetsuit da marca como prêmio. Com o resultado, Tanaka terminou com o vice-campeonato e quem saiu da água carregado foi Yuri Aguiar, com a terceira colocação, atrás de Thiago Meneses, da Unip. Em quarto ficou Renan Castro, do Instituto Europeu de Design.

“Estou muito feliz. Nos últimos três anos eu não consegui e agora no meu último ano de faculdade, eu fui campeão, então é muito especial. Encerro com chave de ouro”, vibrou Yuri. “Ano que vem volto como formado e tentando novo título”, acrescentou o campeão da paulistana.

Na open, a disputa foi mais equilibrada e em quase toda bateria, concentrada entre dois talentos locais e estudantes da Faculdade São Sebastião. Gilmar Pulga e Gabriel Richetto se intercalaram na ponta, mas nos segundos finais, quem levou a vitória foi o santista Matheus Dutra, da Unisanta. Guilherme Silva, campeão paulista e brasileiro em 2017, terminou em quarto, mas acabou levando o caneco. Ele e Matheus ficaram com a mesma pontuação, porém o atleta guarujaense ergueu o troféu pelo critério de desempate (melhor colocação no ano passado).

BRASILEIRO – Já no Brasileiro, Renata Monteiro, Stephanie e Yohanna voltaram para a final, junto com Renata Panzenboeck, da Unaerp. Stephanie abriu com um 6,75, que fez a diferença em toda a bateria. Renata Panzenboeck terminou com o vice, com dobradinha para a Unaerp, com Renata Monteiro em terceiro e Yohanna em quarto. “Esse é um dos melhores eventos que tem no Brasil. Hoje recebi a notícia que, infelizmente, a minha vozinha (Therezinha) faleceu e esse título é para ela. Um anjo que está lá no céu, me iluminou e fez vir aquelas ondas”, dedicou a nova campeã.

Na masculina, Tomas Alvarez, da Estácio de Sá, e morador de Búzios, terminou as eliminatórias em primeiro lugar, com Pedro Tanaka em segundo, Renan Castro, em terceiro e Gabriel Richetto, em quarto. Já o campeão de 2017, Guilherme Silva ficou em quinto, menos de meio ponto atrás, seguido do vencedor da etapa da open, Matheus Dutra. Na final, uma nova grande apresentação de Tanaka para assegurar o segundo título nacional (foi campeão em 2016).

Conhecedor das ondas locais, Gabriel saiu na frente, mas o campeão garantiu as melhores notas e ficou com o título. Tomas ficou em terceiro e Renan em quarto. “Eu estava almejando o tetra paulista, não deu, mas o resto foi tudo certo, graças a Deus. Na verdade, o foco principal era o Brasileiro mesmo e ainda com a melhor nota, ficou melhor ainda”, comemorou Tanaka, que no ano passado foi o vice brasileiro.

Por Fábio Maradei

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