O surfe e as Olimpíada de Tóquio 2020

Surfista deseja trazer medalha olímpica para o Brasil (Foto: Kelly Cestari)Surfista deseja trazer medalha olímpica para o Brasil (Foto: Kelly Cestari)

O GloboEsporte.com abordou a questão do surfe nas Olimpíadas de Tókio, que será realizada em 2020. O InnerSport divulga na íntegra a reportagem. A modalidade será um dos cinco esportes que estreiam no Japão no próximo ano, com a missão de ajudar a rejuvenescer o programa olímpico.

Cercada de expectativas pelas características peculiares da modalidade, em que a natureza desempenha papel fundamental, a disputa acontecerá na praia de Tsurigasaki, em Chiba, a 60km da capital japonesa. E as perspectivas são boas para o Brasil, que tem Gabriel Medina como atual campeão mundial.

A competição olímpica contará com 20 homens e 20 mulheres, sendo que cada país pode inscrever no máximo dois competidores por gênero. Serão apenas dois dias de disputa e a organização tem todo o período das Olimpíadas para realizar as baterias – janela mais generosa do que as adotadas no Circuito Mundial da WSL.

O formato adotado em Tóquio será o tradicional, com quatro surfistas disputando cada bateria e os dois melhores avançando à fase seguinte. As baterias terão entre 20 e 25 minutos de duração, dependendo das condições do mar. Um painel de juízes determina as notas dos surfistas, baseadas no tipo e dificuldade de manobras realizadas.

A disputa pelas vagas do Brasil na competição promete ser acirrada. No masculino, o país vive um momento de protagonismo no circuito, com nomes fortes como o bicampeão mundial Gabriel Medina, o campeão mundial Adriano de Souza, Filipe Toledo, entre outros tantos nomes de peso. No feminino, o país ganhou o reforço de Tatiana Weston-Webb, nascida no Rio Grande do Sul mas criada no Havaí, que decidiu competir com a bandeira brasileira.

Tatiana compõe, ao lado de Silvana Lima e Tainá Hinckel, a equipe brasileira que buscará uma das vagas em Tóquio.

O sistema de classificação definido pela Associação Internacional de Surfe (ISA, na sigla em ingês) e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), seguirá a ordem hierárquica abaixo:

Championship Tour de 2019: os primeiros 10 homens elegíveis e as primeiras oito mulheres elegíveis.
ISA World Surfing Games de 2020: os primeiros quatro homens elegíveis e as primeiras seis mulheres elegíveis.
ISA World Surfing Games de 2019: quatro homens e quatro mulheres selecionados de acordo com seu continente.

Primeiro surfista elegível de cada gênero da África, Ásia, Europa e Oceania.

Jogos Pan-Americanos Lima 2019: o primeiro homem elegível e a primeira mulher elegível.

Copa da Nação Anfitriã: será realizada uma competição no Japão para definir os dois representantes do país-sede (um no masculino e um no feminino), a não ser que algum surfista japonês garanta sua classificação por outro evento. Nesse caso, essas vagas serão reservadas para competidores do ISA Surfing Games de 2020.

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