Mundial Street reúne os melhores do ranking olímpico em São Paulo

Rayssa Leal Qualifiers SLS Rio / Foto Paulo Macedo
Rayssa Leal Qualifiers SLS Rio / Foto Paulo Macedo

Pela primeira vez na história da modalidade São Paulo vai receber um Campeonato Mundial de Skate Street, etapa final da Street League Skateboarding (SLS). Este é também o mais importante evento da temporada 2019, aquele que distribui a maior pontuação para o ranking que classifica os atletas que estarão na primeira edição da modalidade em Jogos Olímpicos. Quem vencer domingo na pista montada no Pavilhão de Exposições do Anhembi, além de campeão do mundo, somará 80 mil pontos no ranking que definirá em maio quem estará em Tóquio 2020. Os ingressos para a semifinal e a final, nos dias 21 e 22, respectivamente, estão à venda no site da Eventim

Os principais nomes do skate street mundial já estão na cidade. Entre as meninas, destaque para o trio brasileiro que domina as três primeiras posições do ranking no momento: Pâmela Rosa, a número um, Rayssa Leal, a número dois, e Letícia Bufoni, a número três do mundo. Por ocuparem as primeiras posições elas entram já na fase semifinal da competição, no sábado, dia 21. “Estou bem ansiosa para o Mundial. Vai ser muito bom competir no meu país, porque muitos amigos estarão lá para aplaudir, torcer e gritar por mim. Vai ser uma festa”, disse Rayssa, de 11 anos. “Também estou um pouquinho nervosa, mas é normal. São Paulo é um dos maiores picos de skate do Brasil”, acrescentou a brasileira de Imperatriz, interior do Maranhão, que este ano venceu uma das etapas da SLS. Para Pâmela, a pressão de competir em casa é real. “Mas tento manter o espírito de que o skate é também minha maior diversão e isso me dá um pouco de tranquilidade. Vai ser incrível competir aqui. Não vejo a hora”, revelou Pâmela.

Entre as estrangeiras, a australiana Hayley Wilson, a japonesa Aori Nishimura, a americana Alana Smith e a holandesa Candy Jacobs são algumas das feras que estarão em ação pela primeira vez por aqui. A lista masculina também traz os principais atletas do mundo a São Paulo. Como o japonês Yuto Horigome, que recentemente assumiu a primeira posição no ranking olímpico que era ocupada pelo americano Nyjah Huston, o maior campeão da SLS, atualmente segundo. O português Gustavo Ribeiro e os brasileiros Kelvin Hoefler, Giovanni Vianna, Felipe Gustavo, o Bochecha, e Ivan Monteiro estão entre os destaques desta busca por uma vaga olímpica.

“Olha, não tenho ideia de como é disputar os Jogos Olímpicos, mas estou animado com essa possibilidade”, disse Giovanni Vianna, 11 do ranking e segundo brasileiro mais bem colocado, atrás apenas de Kelvin, que assumiu recentemente o quarto lugar do ranking ao subir ao pódio em um torneio da SLS na China, semana passada, quando terminou em segundo lugar.

Nesta quinta-feira, começa o torneio classificatório, que deve reunir mais de 70 atletas do mundo todo em busca de uma vaga na chave principal masculina e feminina, que vão se juntar aos 20 pré-classificados. Como acontece nas etapas da SLS, a pista é sempre inédita. No caso da de São Paulo, o maior desafio é o triple set, uma escadaria de três lances com corrimãos. Ou seja, uma pista obstáculos com alto grau de dificuldade. O desenho e a construção é da California Skateparks, companhia que projeta as pistas mais desejadas do mundo e a que também fará a pista olímpica.

A fase classificatória será disputada com portões fechados. No dia 20 a pista ficará disponível para treino dos atletas pré-classificados para a semifinal. Nos dias 21 e 22 de setembro, quando serão disputadas a semifinal e a final, o evento é aberto ao público. O Pavilhão de Exposições do Anhembi tem capacidade para receber até 9 mil pessoas por dia. Segundo Pedro Rego Monteiro, Diretor Executivo da Effect Sport, organizadora da competição que vale vaga para Tóquio 2020 e de onde sairá o campeão mundial de 2019, trazer o Mundial para o Brasil reforça a relevância do skate nacional e ajuda a proporcionar aos atletas brasileiros uma proximidade maior com os fãs. “Como a pista é inédita, a disputa fica mais equilibrada e acirrada entre os participantes. Quem ganha com isso é o público, que vai ver aqui manobras espetaculares protagonizadas pelos maiores skatistas do mundo”, explicou Pedro.

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