Mineirinho nas quartas de final, em Gold Coast

Foto Kirstin Scholtz / mineirinhoFoto Kirstin Scholtz / mineirinho

O campeão mundial Adriano de Souza aproveitou a segunda chance de classificação para as quartas de final do Quiksilver Pro Gold Coast e os dois brasileiros que se enfrentaram nas semifinais do ano passado em Snapper Rocks, podem se encontrar novamente. O defensor do título, Filipe Toledo, não competiu na terça-feira e vai disputar a primeira vaga com Joel Parkinson, que barrou o estreante Caio Ibelli. Mineirinho teve que batalhar para superar outro novato, o americano Conner Coffin, agora terá um novo confronto com o australiano Matt Wilkinson, que o derrotou na quarta fase.

Adriano de Souza (SP) / Foto Kelly Cestari

Adriano de Souza (SP) / Foto Kelly Cestari

A quinta fase do Quiksilver Pro Gold Coast foi iniciada após as quartas de final femininas, mas não começou bem. As ondas simplesmente sumiram de Snapper Rocks. O australiano Joel Parkinson e o brasileiro Caio Ibelli ficaram 20 minutos sem surfar nada, a bateria foi reiniciada duas vezes, eles chegaram até a sair do mar, mas voltaram e logo as séries entraram na bancada para eles poderem se apresentar para os juízes.

Parkinson é um dos melhores surfistas em Snapper Rocks, já venceu essa etapa duas vezes, sabe onde entram as melhores ondas e conseguiu achar duas muito boas, abrindo uma parede mais longa para mostrar a potência e variedade das suas manobras. Ele começou melhor a bateria com nota 7,17, mas somou as duas que recebeu no critério excelente para vencer por 16,07 a 12,66 pontos. Caio Ibelli tentou superar o australiano com uma boa variedade de manobras modernas, mas não achou ondas com potencial para tirar notas mais altas e ficou com uma boa nona colocação em sua estreia na divisão de elite da World Surf League.

Caio Ibelli (SP) / Foto Kelly Cestari

Caio Ibelli (SP) / Foto Kelly Cestari

Na bateria seguinte, Adriano de Souza remou na primeira onda da série que entrou logo após o sinal de início e logo viu que deixou a melhor para o adversário. A sua não rendeu muita coisa e a do americano Conner Coffin foi bem mais longa para ele fazer várias manobras e largar na frente com nota 8,0. O campeão mundial falha em duas ondas seguidas, mas depois acha uma boa para mostrar o seu surfe jogando água nas rasgadas e batidas verticais para entrar na briga com 7,33. Coffin mantém a ponta com uma nota baixa e fica com a prioridade de escolha da próxima onda aguardando por uma série maior que estava escassa na terça-feira.

O americano foi deixando passar as que ele achava ruins e Mineirinho ia aproveitando. Pegou uma encostado nas pedras de Snapper Rocks, a onda começou pequena, mas reformou na segunda sessão com uma boa formação para tirar nota 6,33 e assumir a ponta. Aí veio outra longa calmaria. Conner Coffin continuou esperando pelas séries, o tempo foi passando, chegando ao fim e Adriano ainda faz outra onda parecida, aproveitando qualquer espaço pra manobrar com força e velocidade e aumentar a vantagem com nota 6,43. Só no final da bateria o americano pega outra onda, mas era pequena para conseguir os pontos que precisava e a vitória do campeão mundial foi confirmada por 13,76 a 12,77 pontos.

Joe Parkinson / Foto Kelly Cestari

Joe Parkinson / Foto Kelly Cestari

Depois da segunda classificação brasileira para as quartas de final, os australianos ganharam as duas últimas vagas nas baterias que fecharam a terça-feira em Snapper Rocks. Adrian Buchan derrotou o americano Kanoa Igarashi por uma larga vantagem de 16,04 a 9,87 pontos, assim como Stu Kennedy que fez os recordes do dia – nota 9,00 e 17,67 pontos – com um surfe potente de manobras explosivas contra o havaiano Sebastian Zietz. Buchan vai enfrentar outro americano nas quartas de final, Kolohe Andino, enquanto Kennedy pega outro havaiano, John John Florence, na disputa pela última vaga para as semifinais.

Por João Carvalho

 

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