Locais garantem vagas no Mundial de Surfe em Noronha

Patrick Tamberg / Foto Daniel Smorigo
Patrick Tamberg / Foto Daniel Smorigo

A comunidade de Fernando de Noronha estará muito bem representada no Oi Hang Loose Pro Contest, apresentado por Elétron Energy, a etapa do Mundial de Surf que será realizada no arquipélago no Nordeste do Brasil, de 11 a 16 de fevereiro. Três competidores já estão confirmados no evento e outros dois serão selecionados pela Associação de Surf de Fernando de Noronha (ASFN).

Realizada pela 15ª vez na Ilha, a competição na Praia da Cacimba do Padre abre a temporada do Circuito Mundial Qualifying Series (QS) na América Latina, com status 5000 e já conta com atletas de 18 países. O principal nome e também o mais experiente dos representantes locais é Patrick Tamberg, que assegurou a vaga por ser o número 1 do Circuito de Noronha.

Brayner Silva, terceiro do ranking competirá no lugar de Buday Santos, que sofreu uma lesão. O terceiro nome é de outro surfista muito conhecido na ilha, Caia Souza, convidado da Hang Loose. “Definimos o Patrick e o Brayner pelo nosso Circuito e faremos uma seletiva nos dias 8 e 9 para definir mais dois atletas, que terão inscrições e taxas pagas pela Associação”, informa o presidente da ASFN, Marlos Santos do Amarante, informando que Buday já tem sua vaga garantida para a edição de 2021.

“O Oi Hang Loose Pro Contest é muito bom e importante para a ilha, para a nossa comunidade, porque movimenta a economia, traz turistas diferentes e atletas do Mundo todo, com quem conseguimos compartilhar as nossas ondas. Com o campeonato, mostramos ainda mais as belezas e qualidades de Noronha”, afirma Marlos.

No ano passado, no retorno do evento à Ilha, foram nove surfistas locais. Além de Patrick, Brayner (que chegaram até o round 3) e Caia, competiram Cuca Souza, Buday Santos, Netinho Silva, Nino Noronha, Arthur Lourenço e Luizinho Miranda. Patrick protagonizou um dos grandes momentos logo no segundo dia do campeonato ao surfar na mesma bateria do bicampeão mundial Gabriel Medina.

A torcida se dividiu entre o os dois atletas, um ídolo nacional e outro ídolo local, com os dois avançando para alegria do público na areia. O surfista noronhense já competiu no QS cinco vezes e além do nono em 2009 foi 17º colocado no ano seguinte, 49º em 2011 e 73º em 2012.

Vale destacar o importante apoio da ASFN durante o campeonato, na logística, estrutura e segurança, sobretudo. O empresário Álfio Lagnado, diretor da Hang Loose e quem criou em 1986 e comanda até hoje a etapa do Mundial, elogia a participação da entidade. “Temos satisfação de ver esse pessoal crescendo. Começaram a se desenvolver com o Hang Loose, quando novos, e hoje estão deixando um legado”, diz Álfio lembrando que no ano passado, um dos destaques foi a participação de Thor, filho do experiente surfista Geraldo Cabeça, que tem síndrome de Down e trabalhou como beach marshall, o responsável por entregar as lycras de competição aos atletas.

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