Jessé Mendes surfa o melhor tubo na Cacimba

Jessé Mendes (SP) (@WSL / Daniel Smorigo)Jessé Mendes (SP) (@WSL / Daniel Smorigo)

As séries já estavam maiores na enchente da maré e o paulista Jessé Mendes surfou o melhor tubo do dia nas esquerdas da Cacimba do Padre. Os juízes deram nota 9,00 para ele vencer por 15,00 pontos. Foi o segundo titular da “seleção brasileira” do CT a estrear com vitória no Oi Hang Loose Pro Contest. O catarinense Tomas Hermes, que perdeu sua vaga na elite no ano passado, avançou junto com ele para a terceira nessa bateria 100% brasileira.

“Com certeza, a decisão de esperar um pouco foi acertada, porque a maré seca aqui, pra mim é praticamente nula, 95% dos dias não funciona”, aprovou Jessé Mendes. “A bateria antes da nossa o mar estava muito ruim, com notas muito baixas e condições muito difíceis. Agora não, as ondas já estão entrando mais fortes e daqui pra frente vai dar altas ondas. Essa é a melhor etapa do ano aqui no Brasil. Sem dúvidas, é o lugar que a galera quer vir competir. Pode ver o Gabriel (Medina) aí, um cara que nunca corre o QS e está aqui também”.

Depois desta bateria, as atenções ficaram para a estreia da promessa do surfe australiano, Jack Robinson, na sétima bateria. Ele tinha assumido a liderança no ranking do WSL Qualifying Series com vitória na etapa passada, o QS 3000 de Pipeline, no Havaí, mas não achou boas ondas na Cacimba do Padre. Jack foi eliminado pelo jovem potiguar da Praia da Pipa, Madson Costa, no confronto vencido de ponta a ponta por Lucca Mesinas.

No ano passado, o peruano se sagrou campeão regional da WSL North America por morar nos Estados Unidos e vem de um bom resultado em sua estreia na temporada 2019, terceiro lugar no QS 1500 das Ilhas Canárias. Lucca Mesinas é um dos fortes concorrentes para se tornar o primeiro peruano a entrar na elite mundial do CT, junto com Miguel Tudela e Alonso Correa.

“É a primeira vez que venho pra Fernando de Noronha e o lugar é muito bonito, com ondas boas todos os dias e estou superfeliz por estar aqui”, disse Lucca Mesinas. “Eu comecei bem o ano, fiquei feliz por isso e agora estou aqui nesse campeonato que é importante, o primeiro QS 6000 do ano. Nós, peruanos, estamos lutando para entrar no CT, vamos ter um QS 3000 no Peru (em março) que pode nos ajudar bastante e esperamos que este ano alguém do Peru possa entrar na elite da WSL”.

A bateria seguinte foi vencida por outro peruano, Tomas Tudela, derrotando um dos tops do CT que estão participando do Oi Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha. O potiguar Jadson André recuperou sua vaga no ano passado e se classificou em segundo lugar, tirando o paulista Flavio Nakagima e o australiano Harley Ross. Os estrangeiros venceram as seguintes também, o francês Marc Lacomare que acertou um aéreo rodeo flip incrível e o marroquino Ramzi Boukhiam, que deixou o último campeão nos tubos da Cacimba do Padre em 2012, Miguel Pupo, se classificando em segundo lugar para a fase dos 48 melhores.

A segunda fase prossegue nesta quinta-feira e as previsões indicam ser de ondas maiores na Cacimba do Padre. Mais quatro integrantes da elite do CT ainda vão estrear no Oi Hang Loose Pro Contest. O catarinense Yago está na 13.a bateria, que ficou para abrir o terceiro dia em Fernando de Noronha. Depois, tem o paulista Deivid Silva na 17.a, o paranaense Peterson Crisanto na vigésima e o potiguar Italo Ferreira, cabeça de chave número 2 do evento, que entrará junto com o outro surfista de Noronha convidado da Hang Loose, Caia Souza. Eles vão disputar as duas últimas vagas para a terceira fase, que será iniciada em seguida com os campeões mundiais Gabriel Medina e Mateus Herdy na primeira bateria.




Por João Carvalho

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