ítalo e Ian são o Brasil nas ondas de Cloudbreak

Foto Ed SalomoneFoto Ed Salomone

As ondas finalmente reapareceram em Cloudbreak para a continuação do Outerknown Fiji Pro depois de uma semana de espera na ilha de Tavarua. A terça-feira foi um dia sem tubos, só de manobras, com as séries de 4-5 pés variando bastante a cada momento e provocando grandes surpresas nas oito baterias que restavam para fechar a terceira fase.

Italo Ferreira / Foto Kelly Cestari Outerknown Fiji Pro

Italo Ferreira / Foto Kelly Cestari Outerknown Fiji Pro

Com as derrotas dos paulistas Adriano de Souza e Wiggolly Dantas, o potiguar Italo Ferreira e o pernambucano Ian Gouveia, que se classificaram na segunda-feira da semana passada, são as esperanças de mais um título brasileiro no Outerknown Fiji Pro. Ambos derrotaram dois campeões nos tubos de Cloudbreak. O estreante na elite, Ian Gouveia, bateu um dos vice-líderes do ranking, Owen Wright. E Italo ganhou o duelo brasileiro com Gabriel Medina, que defendia o seu segundo título de campeão nas Ilhas Fiji.

Eles têm duas chances de classificação para as quartas de final. Ian Gouveia vai disputar a primeira vaga direta da quarta fase com os australianos Matt Wilkinson e Julian Wilson. Vice-campeão em Fiji no ano passado, Wilkinson é o único que ainda pode tirar a lycra amarela do Jeep WSL Leader de John John Florence, mas só se vencer o campeonato. Italo Ferreira entra na segunda bateria com o taitiano Michel Bourez e o italiano Leonardo Fioravanti. Nessa rodada, os derrotados se enfrentam nos duelos da quinta fase.

Stuart Kennedy (AUS) (@WSL / Ed Sloane)

Stuart Kennedy (AUS) (@WSL / Ed Sloane)

Nesta terça-feira os pontas do ranking foram eliminados. Adriano de Souza teve a chance de tirar a lycra amarela do Jeep WSL Leader de John John Florence na última bateria do dia. Ele chegou perto, mas faltou meio pontinho para superar o australiano Stu Kennedy. Por menos ainda, 13 décimos, Wiggolly Dantas tinha perdido o duelo anterior, na outra única participação brasileira em Fiji.

Oito dias depois, os cabeças de chave das baterias continuaram sendo dizimados pelos surfistas da parte de baixo do ranking. Com as condições irregulares do mar na terça-feira, quem conseguia pegar as melhores ondas acabava levando vantagem, então uma boa escolha ganhou peso decisivo, além de um pouco de sorte. Foi assim que o italiano Leonardo Fioravanti arrancou notas 8,50 e 8,33 dos juízes, usando a força do seu backside em grandes manobras para bater o número 1 do Jeep WSL Leader. A vitória sobre John John Florence foi por 16,83 a 13,33 pontos. Antes, o tricampeão mundial Mick Fanning já havia perdido o primeiro confronto do dia para o taitiano Michel Bourez.

Sebastian Zietz (HAV) (@WSL / Ed Sloane)

Sebastian Zietz (HAV) (@WSL / Ed Sloane)

Depois da saída do havaiano, caiu um dos vice-líderes, o sul-africano Jordy Smith. O francês Joan Duru começou a bateria numa onda que abriu uma longa parede para detonar uma série de nove manobras e receber a maior nota do dia, 9,20. Ele ainda surfou outra boa onda no final que valeu 8,40 para acabar com a chance de Jordy Smith liderar o ranking com o maior placar da terça-feira, 17,60 pontos.

O sempre favorito em Fiji, Kelly Slater, foi batido por 10,74 a 10,34 pelo australiano Connor O´Leary. E o veterano Bede Durbidge despachou outro norte-americano, Kolohe Andino. Os únicos que confirmaram a condição de cabeça de chave foram o australiano Joel Parkinson, contra o francês Jeremy Flores, e o havaiano Sebastian Zietz, contra o paulista Wiggolly Dantas. O paulista de Ubatuba atingiu 12,80 pontos, contra 12,93 de Sebastian Zietz, ficando em 13º lugar no Outerknown Fiji Pro.

Por João Carvalho

Compartilhe.