Hizunomê Bettero tenta o terceiro título paulistas de surf profissional

Hizunomê Bettero / Foto Fabriciano JúniorHizunomê Bettero / Foto Fabriciano Júnior

Bicampeão (2005 e 2011), o experiente Hizunomê Bettero quer entrar para o seleto grupo de tricampeões paulistas de surf profissional e espera comemorar o feito “em casa”, onde pegou suas primeiras ondas, no Surf Trip apresenta Onbongo Pro Contest, nestes sábado e domingo (23 a 24), na Praia Grande, em Ubatuba. A competição em etapa única definirá o campeão estadual 2019 e também vale importantes 3 mil pontos para o ranking da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp), atraindo atletas de vários estados.

O último tricampeonato no Paulista Profissional de Surf aconteceu há mais de 20 anos. Em 34 edições, apenas dois surfistas comemoraram três títulos estaduais. O primeiro foi o santista Almir Salazar, na verdade o único tetra, ainda na década de 80, e depois Jair de Oliveira, também de Santos, com o tri comemorado em 98. “A expectativa é muito boa, ainda mais que vai ser definido aqui em casa. O tri será um sonho. É um campeonato de muita tradição, com nível bem alto”, comenta.

“É sempre bom ter conquistas, ainda mais um Paulista, para buscar bons patrocínios, sem falar que me ajudará muito no Brasileiro”, afirma o atleta, agradecendo os patrocinadores atuais. “A Back Fish, que está comigo desde 2015, o Grupo Katrunfo, a Banana Wax, a Fisio&Funcional, na reabilitação do corpo, e o Okone Sushi, restaurante local, muito bom na culinária japonesa, mexicana e peruana. Todos me ajudando a seguir competindo”.

Ele mostra animação dupla, também por tentar a liderança do ranking Abrasp. Hizu é o atual segundo colocado, atrás do também paulista Igor Moraes. “Vai depender das colocações que cada um garantir, mas vou dar meu melhor para chegar bem. Vou buscar com tudo que eu puder, para ficar aqui em casa”, diz o atleta.

Aos 33 anos de idade, Hizunomê segue competindo e nesse ano decidiu ficar mais no Brasil, depois de várias temporadas no Qualifying Series (QS). Algumas delas chegando próximo da vaga à elite. Em 2017, inclusive, teve uma vitória no QS 1500 na Califórnia/EUA e na sequência um segundo no QS 3000 em Durban, África do Sul. “No início do ano fui para a Austrália e Chile, mas como não tive bons resultados, optei por ficar em casa, para me dedicar ao Brasileiro”, conta.

“Tenho ficado mais com meu filho, minha esposa, minha família, curtindo aqui, treinando, fazendo alguns trabalhos por fora, mas sempre mantendo o foco no surf e nas competições. A vida hoje está ótima. Graças a Deus está tudo correndo bem e só tem a melhorar. Tenho vários planos para o futuro”, acrescenta Hizu. “Estou me sentindo muito bem e agora tenho a oportunidade de competir em casa, uma motivação maior ainda”, reforça.

Ele também fala da relação com a praia sede do Paulista, lembrando o seu início no surf. Antes de pegar ondas, tentou o vôlei, esporte que os pais praticam, mas por ser muito jovem e não ter idade para ingressar na Escolinha da Prefeitura, iniciou no surf, justamente na Praia Grande. Até hoje mora próximo, no bairro Ipiranguinha, e sempre frequenta essa onda.

“Gosto muito de surfar na Praia Grande, foi onde eu iniciei a minha carreira. Aprendi a surfar ali com meus pais, enquanto eles vendiam artesanato na praia e, depois entrei na Escolinha Municipal, enquanto o Jacob coordenava, o Carlinhos passava os alongamentos e o professor Fabinho estava ali sempre presente. Foi ali que dei meus primeiros passos, como amador, onde tive a maior evolução. Minhas primeiras rasgadas, batidas e aéreos. Tenho uma afinidade muito grande com essa praia”, ressalta.

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