Gabriel Medina nas quartas de final em J-Bay

Gabriel Medina (SP) / Foto Pierre TosteeGabriel Medina (SP) / Foto Pierre Tostee

Em mais um dia de mar clássico em Supertubes, com direitas perfeitas de 6-8 pés, os melhores surfistas do mundo tiraram mais quatro notas 10 no Open J-Bay na África do Sul. A terça-feira começou com derrota de Adriano de Souza, que estava na briga fase a fase pela liderança do ranking em Jeffreys Bay. Mas, Gabriel Medina, ganhou a segunda bateria do dia e depois foi o primeiro a conquistar classificação direta para as quartas de final. Além dele, Filipe Toledo é o outro único brasileiro que continua na disputa do título e sua bateria foi suspensa pela presença de tubarões na área do campeonato. O confronto com o sul-africano Jordy Smith, que estava na frente, acabou sendo interrompido e voltará ao mar na quarta-feira, com a primeira chamada às 7h15, na África do Sul, 2h15 da madrugada em Brasília.

Jordy Smith (AFR) / Foto Pierre Tostee

Jordy Smith (AFR) / Foto Pierre Tostee

O drama dos tubarões voltou a ser vivido pelo australiano Julian Wilson, que estava naquela final de 2015 em Jeffreys Bay com Mick Fanning. E Filipe Toledo também já saiu do mar com a bateria sendo cancelada pelo mesmo motivo esse ano em Margaret River, na Austrália. Como esse confronto dos dois com Jordy Smith não foi encerrado, a última classificação para as quartas de final conquistada na terça-feira foi a do português Frederico Morais. Em duas ondas excelentes, ele superou até a nota 10 do havaiano John John Florence com os 19,07 pontos que totalizou. Além dele, também derrotou o defensor do título da etapa sul-africana, Mick Fanning, recordista de títulos em Jeffreys Bay. O português ultrapassou até os 18,74 pontos de Gabriel Medina na abertura da quarta fase.

O campeão mundial de 2014 respondeu à altura a investida de Joan Duru no final da bateria. A onda do francês valeu 8,57, mas o brasileiro recebeu 9,67 para somar com o 9,07 que já havia conseguido nas direitas perfeitas de Supertubes. Duru ficou em segundo com 16,07 pontos e o australiano Owen Wright em terceiro com 13,10. Os dois terão uma segunda chance de classificação nos duelos eliminatórios da quinta fase. “Eu sabia que a bateria contra o Owen (Wright) e o Joan (Duru) ia ser bem difícil, então estou muito feliz por ter conseguido vencer”, disse Medina. “Eu tentei me manter calmo para escolher bem as ondas, o que é bem difícil aqui, porque quase todas as ondas são boas (risos). É um sentimento muito bom quando você termina uma bateria assim com uma boa onda. E ela veio na hora certa, porque o Joan (Duru) já tinha surfado uma boa e poderia me ganhar, mas deu tudo certo e agora é se concentrar para a próxima”.

Frederico Morais (PRT) / Foto Kelly Cestari

Frederico Morais (PRT) / Foto Kelly Cestari

Com a surpreendente derrota de Adriano de Souza, por 15,50 a 14,40 para Joan Duru na primeira bateria do dia, restaram quatro surfistas na briga fase a fase pela liderança do ranking na etapa sul-africana do World Surf League Championship Tour. Dois deles irão se enfrentar na disputa por uma vaga nas quartas de final na quinta fase, John John Florence e Owen Wright. Outro que pode tirar de Matt Wilkinson a lycra amarela do Jeep WSL Leader nesta etapa é Jordy Smith. O sul-africano fez uma bateria perfeita pela manhã, computando duas notas 10 nos tubos de Jeffreys Bay, antes da que foi cancelada pela ameaça de tubarões no fim do dia. “Eu tive a sorte de pegar as bombas e nem posso acreditar que consegui isso”, disse Jordy Smith. “Eu nunca, nem nos meus sonhos mais loucos, achava que conseguiria fazer uma bateria perfeita de 20 pontos e isso acontecer aqui em J-Bay é muito mais especial, absolutamente fenomenal. As ondas estão incríveis e espero pegar outras assim nesse campeonato ainda”.

O líder, Matt Wilkinson, já estava na praia caminhando para a sua bateria contra o taitiano Michel Bourez e o norte-americano Conner Coffin, que seria a última da terça-feira. Com o cancelamento da continuação do evento, esse confronto será o segundo a entrar no mar na quarta-feira. Wilko ganhou o duelo australiano com Jack Freestone que fechou a terceira fase e segue defendendo a lycra amarela do Jeep WSL Leader no Corona Open J-Bay. No ano passado, ele foi finalista desta etapa, perdendo a decisão do título para Mick Fanning.

Por João Carvalho

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