Frederico Morais vence a 1ª disputa da Tríplice Coroa Havaiana e assume o QS

Frederico Morais-PRT
(Keoki Saguibo / WSL via Getty Images) in Hawaii, USA. (Photo by Keoki Saguibo/WSL via Getty Images)Frederico Morais-PRT (Keoki Saguibo / WSL via Getty Images) in Hawaii, USA. (Photo by Keoki Saguibo/WSL via Getty Images)

O português Frederico Morais garantiu seu retorno a elite do World Surf League Championship Tour, vencendo o QS 10000 Hawaiian Pro no último domingo (24) de ondas de 4-6 pés em Haleiwa Beach, último dia do prazo para encerrar a primeira joia da Tríplice Coroa Havaiana. Com a vitória, “Kikas” tirou a liderança do WSL Qualifying Series do potiguar Jadson André, ultrapassando os quatro brasileiros que encabeçavam o ranking e eram os únicos já confirmados no CT 2020.

Na decisão do título, Frederico Morais deixou o italiano Leonardo Fioravanti em segundo lugar, o sul-africano Matthew McGillivray em terceiro e o australiano Ethan Ewing em quarto. Nesta segunda-feira, já começa o QS 10000 de Sunset Beach, que fecha a lista dos dez classificados para completar o grupo dos top-34 que vai disputar o título mundial no ano que vem.

“É muito bom estar de volta ao Havaí e já confirmar aqui a minha volta ao CT”, disse Frederico Morais. “Depois de três finais, dois segundos lugares e um quarto, é um sentimento muito bom vencer dessa vez. Meu principal objetivo este ano era voltar ao CT e vencer aqui foi incrível. O ano passado foi realmente difícil para mim, pois tive uma lesão no tornozelo e não pude competir em Pipeline, então acabei saindo do Tour, mas estou muito feliz agora”.

Frederico Morais perdeu sua vaga em 2018 e chegou no Havaí em sexto no ranking, com as duas vitórias nas etapas do QS 6000 e QS 3000 que disputou em casa, em Portugal. A volta foi confirmada em grande estilo no Hawaiian Pro, que rolou em altas ondas nos dias anteriores, de mar clássico nas direitas de Haleiwa. Os quatro brasileiros que garantiram suas classificações na “perna europeia”, perderam uma posição no ranking para o português. Jadson agora é o segundo colocado, seguido por Yago Dora, Alex Ribeiro e Miguel Pupo.

A vitória de Frederico Morais pôs fim a hegemonia do Brasil nas etapas com status máximo de 10.000 pontos esse ano. O paulista Deivid Silva ganhou a primeira em Ballito, na África do Sul. O catarinense Yago Dora foi o campeão do tradicional US Open of Surfing em Huntington Beach, na Califórnia. E os irmãos Pupo venceram os dois QS 10000 da Europa, com Miguel confirmando seu retorno ao CT no Galicia Classic da Espanha e o Samuel conseguindo sua primeira vitória na carreira no Billabong Pro Ericeira de Portugal.

O novo sexto colocado é o sul-africano Matthew McGillivray, que praticamente garantiu sua entrada na elite com o terceiro lugar na final do Hawaiian Pro. Ele chegou no Havaí fora do G-10 do QS e já tirou a vaga do jovem Samuel Pupo quando passou para as semifinais, eliminando os dois brasileiros que chegaram no último dia, o pernambucano Luel Felipe e o catarinense Alejo Muniz. Depois, barrou dois favoritos do CT, Kelly Slater e Michel Bourez, na semifinal vencida pelo português. Além do sul-africano, o outro único que entrou no G-10 em Haleiwa foi o havaiano Barron Mamiya, no lugar do australiano Matt Banting.

O Brasil ainda tem Deivid Silva no G-10, que subiu da décima para a oitava posição no ranking. Ele está entre os 22 primeiros do CT que são mantidos na elite para o ano que vem, mas em uma delicada 21ª posição. Então, pode precisar da vaga do QS, que no momento está descartando para o 11º colocado, Jorgann Couzinet. O francês tem 17.310 pontos e Samuel Pupo caiu para o 12º lugar com 17.140. A diferença segue bem pequena para os australianos Jack Freestone em 13º com 16.800 e Matt Banting em 14º com 16.750 pontos.

Depois de Samuel Pupo, Luel Felipe é a próxima chance de classificação brasileira nesta batalha pelas quatro últimas vagas para o CT 2020, na 23ª posição com 12.930 pontos. O pernambucano botou pra baixo nas morras de Haleiwa e até ganhou uma bateria do ídolo Kelly Slater. No domingo, Luel ficou em terceiro lugar contra o taitiano Michel Bourez e o sul-africano Matthew McGillivray, na mesma bateria das quartas de final em que Alejo Muniz terminou em último. O catarinense também surfou bem durante o evento, mostrando estar recuperado da contusão que o afastou das competições por quase toda a temporada.

Somente agora em Haleiwa, Alejo completou os cinco resultados que são computados no ranking do WSL Qualifying Series e o 13º lugar no Hawaiian Pro, o levou da 118ª para a 57ª colocação no ranking. Também ganharam posições na primeira joia da Tríplice Coroa Havaiana, o pernambucano Ian Gouveia, que subiu para o 29º lugar, o peruano Alonso Correa, que foi de 49º para 44º e o catarinense Tomas Hermes, de 54º para 48º. Jessé Mendes, que tenta manter sua permanência no CT pelo QS, acabou caindo do 27º para o 32º lugar. Estes, mais o Samuel e o Luel, são os que chegam em Sunset Beach mais próximos da briga pelas últimas vagas para a divisão principal da World Surf League.

Frederico Morais-PRT (Keoki Saguibo / WSL via Getty Images)

Frederico Morais-PRT (Keoki Saguibo / WSL via Getty Images)

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