Elas estão prontas para o Mundial de Skate Street que acontece este mês, em São Paulo

Foto Júlio DetefonFoto Júlio Detefon

As skatistas brasileiras da modalidade Street são as atuais líderes do ranking mundial que classifica para a primeira participação do Skate em Jogos Olímpicos. E é assim que Pamela Rosa, a número um, Rayssa Leal, a número dois, e Letícia Bufoni, a número quatro do mundo, chegam a São Paulo para disputar a mais importante competição de 2019. De 18 a 22 de setembro, elas estarão em ação no Campeonato Mundial de Skate Street, etapa final da Street League Skateboarding (SLS), que será realizado no Parque do Anhembi, na capital paulista. Com distribuição de 80 mil pontos, esta é uma das competições com a maior pontuação no ranking até Tóquio. Para os fãs, é a grande oportunidade de ver os melhores skatistas de street do mundo e torcer para os brasileiros que ocupam posições de destaque na disputa. Os ingressos para o SLS World Championship já estão à venda e podem ser adquiridos no site Eventim.

Para as brasileiras, esta é uma boa oportunidade de poder contar com o carinho da torcida na disputa de um evento que distribui pontos tão altos para o ranking. “Disputar o Mundial no meu país é maravilhoso porque posso ter a família por perto e os amigos. Isso é muito bom e raramente acontece porque a maioria das provas é fora do Brasil”, disse Pamela. Animada com o campeonato, Pamela passará os próximos dias focada em treinamentos e cuidados físicos para conseguir um bom resultado. “Não imagino o que seja estar nos Jogos Olímpicos, mas estou empolgada com esta possibilidade”, contou a skatista. “O Mundial de São Paulo é muito importante para todos que querem uma vaga nos Jogos de Tóquio. E eu sou uma delas”, explicou Pamela, que está em primeiro lugar no ranking da World Skate, entidade que rege a modalidade no mundo. Este ano, a brasileira venceu a etapa de Londres da SLS e ficou em segundo na de Los Angeles. Foi também campeã do Dew Tour de Long Beach. As três competições somam pontos para o ranking mundial. Antes de desembarcar em São Paulo, Pamela disputou a etapa de Oslo do X Games e ficou em segundo lugar.

A competição na Noruega também teve a participação de Rayssa. A skatista de 11 anos ficou em quarto lugar em Oslo e atualmente é a segunda colocada no ranking mundial. Já em São Paulo, a atleta, que mora em Imperatriz, no interior do Maranhão, quer estar bem fisicamente para conseguir um bom resultado em casa. Letícia Bufoni, quarta do ranking, chega dia 14. Antes de aterrissar na sua cidade Natal, a skatista que mora nos Estados Unidos, foi à China participar de um campeonato que também soma pontos para a corrida olímpica.

Para as três brasileiras mais bem colocadas atualmente no ranking mundial, a meta até março, quando fecha a lista, é assegurar a vaga. Cada país poderá levar para Tóquio seis atletas da modalidade Street, sendo três mulheres e três homens. Se fosse hoje, as três brasileiras já estariam com seus passaportes carimbados.

Outros nomes de peso que estarão em São Paulo são a australiana Hayley Wilson, terceira do ranking olímpico, e a japonesa Aoki Nishimura, quinta. Na lista masculina, destaque para os brasileiros Kelvin Hoefler, que tem cinco títulos mundiais no currículo e atualmente ocupa a sétima colocação no ranking da World Skate, e Felipe Gustavo, 12 do ranking. Terceiro do ranking, o português Gustavo Ribeiro é o único representante do seu país na SLS. Outro que é esperado por aqui é o maior campeão da SLS, o americano Nyjah Huston, atual líder do ranking.

Ao todo o Mundial em São Paulo deve reunir 70 atletas, entre homens e mulheres da elite do skate street, que disputarão as provas em uma pista inédita, construída exclusivamente para a competição no Pavilhão de Exposições do Anhembi.

Para Pedro Rego Monteiro, Diretor Executivo da Effect Sport, organizadora da competição que vale vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e de onde sairá o campeão mundial de 2019, este é um evento único. “Trazer o Mundial para o Brasil reforça a relevância do skate nacional e ajuda a proporcionar aos atletas brasileiros uma proximidade maior com os fãs”, disse Pedro. Desenhado pela California Skateparks, companhia que projeta as pistas mais desejadas do mundo, o traçado é inédito e só será conhecido pelos atletas na véspera da competição, como é de costume na SLS. “Ter uma pista inédita deixa a disputa ainda mais equilibrada e acirrada”, acrescentou Pedro.

A fase classificatória será disputada nos dias 18, 19 e 20 com portões fechados. No dia 20 a pista ficará disponível para treino dos atletas pré-classificados para a semifinal. Nos dias 21 e 22 de setembro, quando serão disputadas a semifinal e a final, o evento é aberto ao público e os ingressos já estão à venda no site Eventim. O Pavilhão de Exposições do Anhembi tem capacidade para receber até 9 mil pessoas por dia.

A etapa final do Campeonato Mundial da Street League Skateboarding (SLS) é organizada pela Effect Sport e tem apoio da Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria Municipal de Turismo.

 

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