Conscientização coletiva durante a última etapa do Circuito Surf Talentos Oceano

Foto: Marcio DavidFoto: Marcio David

Como o foco do Circuito Surf Talentos Oceano é formar novos talentos e dar apoio total para as futuras gerações, a pegada socioambiental é forte, encabeçada pelo Projeto Keep The Ocean Blue, almejando contribuir para a formação cidadã destes atletas no que tange a conscientização e educação ambiental, além do público presente na praia

Foto: Marcio David

Porém, nesta edição as ações socioambientais tiveram o reforço de outros dois Institutos: da Ecosurf (Núcleo de SC) e do Monitoramento Mirim Costeiro, que são sediados na região e executam um maravilhoso trabalho, inclusive recebendo diversas premiações em âmbito nacional e até internacional. Estas duas instituições ofereceram atividades muito bem elaboradas, com exposições, jogos, museus do mar e uma ação de pesquisa sobre os micro-resíduos da areia da praia. As metodologias de educação ambiental utilizadas são maravilhosas.

O Instituto Monitoramento Mirim Costeiro (IMMC) possui um programa que é uma Tecnologia Social pioneira no Brasil de educação para a conscientização da preservação da zona costeira e valorização da cultura tradicional de Garopaba (SC). Há seis anos fomenta a aprendizagem participativa através da pesquisa, do aprender-fazendo dentro do contexto sociocultural.

Já o Instituto ECOSURF: é uma organização brasileira da sociedade civil, sem fins lucrativos, dedicado ao empoderamento dos surfistas para a atuação em causas públicas, proteção das praias, ondas, rios e oceanos. Em Imbituba a ECOSURF SC atua desde 2014. A instituição tem atuação em todo o território costeiro do Brasil através da sua rede de parceiros, e tem embaixadores na Europa e na África.

Após a realização do evento, foi perguntado às responsáveis pelas instituições o que elas achavam da proposta do Circuito Surf Talentos Oceano, que é de realizar um evento personalizado para a categoria de base, em que se busca além de formar novos talentos, utilizar o campeonato como ferramenta de conscientização e de educação socioambiental para os atletas e para a sociedade. Confira o relato delas.

Caroline Schio é responsável pelo IMMC, e respondeu o seguinte: “O trabalho focado na categoria de base é fundamental. Primeira vez que vejo um trabalho desses com esse intuito, de trazer diversas atividades, de diversas áreas, para as crianças, jovens e adolescentes. Acredito que seja fundamental, por eles estarem em uma fase de desenvolvimento, tanto físico e corporal, quanto da mente e da consciência deles”. Ela ainda falou que a achou muito rica a experiência que as crianças estavam tendo ao ligar a preservação ambiental com cuidados corporais (atividades físicas oferecidas pelo evento), gerando, conforme Caroline, a “integridade do desenvolvimento humano”.

Caroline ainda complementa, falando que: “a gente acredita muito que as crianças são os futuros agentes de transformação da nossa realidade. Então, este é o momento deles estarem se sensibilizando com toda essa problemática, com toda essa questão atual dos oceanos, do meio ambiente no planeta inteiro, para que eles possam desde cedo se tornarem os guardiões desse lugar maravilhoso em que a gente vive”.

Já a Amanda Suita, responsável pelo Núcleo Catarinense da Ecosurf, falou que: “acho muito importante esse trabalho que está sendo feito pelo Circuito Surf Talentos, para estimular e dar suporte para o surfe de base, para que essa nova geração de surfistas brasileiros possam se aperfeiçoar e em breve estar integrando a elite do surfe mundial. E também que eles possam cumprir as responsabilidades ambientais assumidas pela comunidade do surfe na Rio+20”.

Amanda explica melhor as responsabilidades assumidas pela comunidade do surfe durante a Conferência Rio+20: “A carta da Agenda 21, que é a carta de responsabilidade dos surfistas, ela tem quatro eixos de orientação – Surfe, Gestão Costeira e Responsabilidade dos Surfistas – Surf e Consumo Consciente – Protagonismo do Surfista – Surfe e Educação Ambiental. Dentro do eixo da Educação Ambiental diz que devemos atuar em prol da educação ambiental entre a comunidade do surfe, incentivando e valorizando a atuação da juventude na conservação dos oceanos, bem como o aprendizado intergeracional“.

No final da sua fala, Amanda, que já foi competidora, falou que está sendo muito importante o trabalho que o Circuito Surf Talentos Oceano e a FECASURF (por meio da Diretora de Surf Feminino Tina Vilela) estão fazendo para o fortalecimento e empoderamento do surfe feminino.

Por Circuito Surf Talentos Oceano

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