Conheça o principal circuito de base do País

Filipe Toledo/ Foto: Munir El HageFilipe Toledo/ Foto: Munir El Hage

Os nomes revelados e formados confirmam a força e tradição. O Hang Loose Surf Attack é hoje o principal circuito de base do País e tem a 4ª e última etapa da edição 2018 a partir desta sexta-feira (19), novamente na Praia de Maresias, em São Sebastião, sem dúvida, um dos principais picos do surf brasileiro. Serão três dias de ondas, reunindo cerca de 220 atletas, divididos em seis categorias.

Gabriel Medina/ Foto: Ivan Storti

Em disputa, os títulos paulistas, mas na verdade, o circuito transcende fronteiras e tem seus títulos cobiçados por jovens talentos de vários estados. A história mesmo conta isso, com exemplos como Raoni Monteiro, Marco Polo, Andreas Eduardo, Danilo Costa, Yuri Sodré, entre outros. São 31 anos de história ininterruptos trabalhando com atletas da nova geração do surf e que resultaram em grandes e importantes competidores de visibilidade mundial.

Exemplos não faltam e, claro, os mais famosos são os campeões mundiais Gabriel Medina e Adriano de Souza e o postulante ao título deste ano, Filipe Toledo. Adriano, quando criança e adolescente, mais conhecido como Mineirinho, foi o principal vitorioso nessas três décadas de trajetória do campeonato, com muitas conquistas.

Gabriel e Filipe também mostraram que seguiriam uma carreira de conquistas ainda quando iniciavam no circuito. Mateus, o irmão mais velho do Clã Toledo, foi outro que se destacou quando amador. A lista de surfistas que passaram pelo evento é enorme. Renan Rocha, Maicon Rosa, Binho Nunes, entre os veteranos. Os mais recentes ratificam ainda mais a força do evento e além de Adriano, Gabriel e Filipe, aparecem Miguel Pupo, Wiggolly Dantas, Caio Ibelli, Jessé Mendes, Alex Ribeiro, Jadson André, Ian Gouveia, Alejo Muniz, para citar alguns.

O campeonato foi criado em 1988, naquele ano, com as categorias júnior (até 18 anos) e mirim (até 15). De lá para cá, nunca deixou de ser realizado e, desde 1995, tem o patrocínio da Hang Loose, do empresário Álfio Lagnado, marca que sempre investiu no surf e também ficou conhecida pelo famoso Hang Loose Pro Contest, valendo pelo mundial profissional e pela equipe pioneira no Tour, com Fábio Gouveia e Flávio Teco Padaratz, então jovens desbravadores do que viria a ser, depois, a Brazilian Storm.

Logo em sua estreia, a Hang Loose já garantiu o crescimento do evento com a inclusão da categoria iniciante (sub14). Depois, o evento foi sendo ampliado, conforme a procura, com as disputas da estreante (sub12) e a petit (sub10). Agora em 2018, em sua 24ª edição seguida com a marca, o campeonato passou a ter a categoria feminina sub16 e o inédito título já foi conquistado por Sophia Medina, irmã do campeão mundial Gabriel Medina.

No comando técnico do Campeonato desde a sua criação, Marcos Bukão destaca a relevância para o cenário brasileiro. “Mais um ano que vai se encerrado com o Hang Loose Surf Attack mostrando ser o evento mais importante de base do surf brasileiro. Nesta edição, com três dias e uma média de 220 atletas de vários estados em todas as etapas”, avalia o também diretor técnico dos mundiais da International Surfing Association (ISA).

“E o resultado atual do ranking brasileiro da Confederação mostra, de maneira inequívoca, que os melhores surfistas do Brasil também estão competindo no Hang Loose Surf Attack e, sem dúvida, as próximas renovações no WCT mostrarão o mesmo que temos acompanhado nos últimos anos”, enaltece Bukão, sempre trabalhando na organização do Circuito com Sílvio da Silva, o Silvério, presidente da Federação Paulista de Surf.

Por Fábio Maradei

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