Começou o Margaret River Pro

Italo Ferreira (RN) (@WSL / Kelly Cestari)Italo Ferreira (RN) (@WSL / Kelly Cestari)

O potiguar Italo Ferreira vai competir pela primeira vez com a lycra amarela do Jeep Leaderboard na terceira e última etapa da “perna australiana” do World Surf League Championship Tour. O prazo do Margaret River Pro começou na quarta-feira, porém, os atletas ainda não entraram no mar. A previsão de termino é o dia 22 na costa ocidental da Austrália. Será a última parada antes do Oi Rio Pro, a etapa brasileira que vai receber os melhores surfistas do mundo nos dias 11 a 20 de maio na Praia de Itaúna, em Saquarema, Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Italo badalou o sino do troféu do Rip Curl Pro Bells Beach e o Brasil ainda terá um reforço em M-River, Miguel Pupo, substituindo o contundido Kelly Slater.

Adriano de Souza (SP) (@WSL / Matt Dunbar)

“Tudo isso parece um sonho”, disse Italo Ferreira, durante a coletiva de imprensa do Margaret River Pro. “Vestir a lycra amarela do Jeep Leader é a melhor sensação do mundo. O título mundial é o meu objetivo, mas sei que isso ainda está longe e que é muito difícil se manter no topo do ranking. Estou apenas me concentrando em ficar relaxado e aproveitar ao máximo cada momento que estou vivendo”.

A primeira atuação de Italo Ferreira com a lycra amarela de número 1 do mundo será na décima bateria, a quarta com participação dupla no Margaret River Pro com doze brasileiros na primeira fase. Um dos cinco novatos entre os onze titulares da “seleção brasileira” no CT 2018, o cearense Michael Rodrigues, vai competir junto com o potiguar no confronto completado pelo campeão desta etapa em 2016, o havaiano Sebastian Zietz. A decisão foi contra o australiano Julian Wilson, com quem Italo está empatado na liderança do ranking.

O Brasil também já tem vitória nas ondas com power havaiano de Margaret River em 2015, com Adriano de Souza batendo John John Florence na final daquele ano que conquistou seu título mundial. Mineirinho também vai começar junto com outro brasileiro na oitava bateria, o grande amigo e filho do seu técnico, Yago Dora, além do japonês Kanoa Igarashi. A estreia do Brasil em Margaret River já será em dose dupla logo nas primeiras baterias que só os vencedores avançam direto para a terceira fase, sem passar pela repescagem.

Na segunda, o catarinense Tomas Hermes e o pernambucano Ian Gouveia enfrentam o sul-africano Jordy Smith. E na seguinte, será o australiano Owen Wright contra dois paulistas, Caio Ibelli e Miguel Pupo, que deve substituir o contundido Kelly Slater a partir desta etapa. O Brasil já tem o maior número de surfistas entre os top-34 da Liga Mundial de Surfe, agora serão doze concorrentes ao título do Margaret River Pro, um terço dos participantes em uma etapa no país que sempre teve maioria na divisão de elite do esporte das ondas.

Miguel Pupo fez parte deste grupo até o ano passado e era o terceiro na lista de alternates para o CT 2018, mas passou a ser o primeiro. Isso porque Mick Fanning se aposentou e o sul-africano Michael February herdou sua vaga, enquanto o segundo, Bede Durbidge, é outro australiano que também encerrou sua carreira no Circuito Mundial. No momento, Pupo está recuperando seu lugar na elite entre os dez que se classificam pelo WSL Qualifying Series.

Os outros quatro integrantes da “seleção brasileira” estão sozinhos com dois surfistas de outros países. O campeão mundial Gabriel Medina é o cabeça de chave da quinta bateria, completada pelo francês Joan Duru e um dos convidados do Margaret River Pro, Kael Walsh. O outro é o também australiano Dave Delroy-Carr, que entra no confronto seguinte com o paulista Jessé Mendes e um dos líderes do ranking, Julian Wilson.

Na sétima bateria, está Filipe Toledo com o americano Conner Coffin e o sul-africano Michael February. E na nona, Willian Cardoso enfrenta dois semifinalistas da primeira etapa na Gold Coast, o australiano Adrian Buchan e o californiano Griffin Colapinto. Nesta rodada inicial, a vitória vale passagem direta para a terceira fase, mas os perdedores têm uma segunda chance de classificação nos duelos eliminatórios da repescagem.

Compartilhe.