Caio Ibelli com chances de assumir a liderança do ranking QS

Com a vaga garantida ao WCT 2016, o paulista Caio Ibelli tem como meta o primeiro lugar no ranking Qualifying Series (QS), já pensando na próxima temporada. Atual vice-líder do Circuito, ele será um dos destaques no QS 10000, que acontecerá em São Paulo, na Praia de Maresias, em São Sebastião, que tem a “janela” entre segunda-feira (2) e domingo (8). O surfista de 22 anos, campeão mundial pro-júnior em 2011, já planeja sua participação na elite e confessa que em Maresias vai surfar sem pressão e querendo se divertir. “Amo muito Maresias! Foi onde tudo começou para mim, o lugar onde aprendi a entubar e me apaixonei por ondas perfeitas. As bancadas estão muito boas e as expectativas são as melhores”, afirma o atleta, que hoje se divide entre Guarujá e a Califórnia.

Caio Ibelli / Foto Kelly Cestari

Em sua quinta temporada no Tour, Caio tem como principais resultados o segundo lugar na etapa QS 10000 em Portugal, e dois terceiros também em disputas nível máximo, em Saquarema e na África do Sul. Tem 24.250 pontos contra 27.660 do norte-americano Kolohe Andino, com uma troca baixa (entre os cinco resultados que somam), de 1.050 pontos. “Esse ano fiz essa meta, trabalhei duro e consegui. Foquei bastante nos treinos e nos meus equipamentos e os resultados estão vindo. Quem me conhece sabe o quanto treinei e lutei para chegar aqui e não foi fácil, mas graças a Deus foi tudo certo”, comenta. “Na verdade, ainda não consigo acreditar. Este ano está sendo incrível para mim. Estou muito feliz por estar classificado antes mesmo de chegar no Havaí e agora posso competir em Maresias e nas etapas havaianas tranquilo. Surfar sem pressão e me divertir”, destaca.

“Seria muito bom finalizar o ano em primeiro no QS para pegar um bom seeding para o ano que vem, mas na verdade não estou pensando muito nisso. Gostaria muito de fazer uma final no Havaí, que é um sonho desde pequeno, porque me adapto bem naquelas condições”, revela o atleta. Com a vaga já assegurada, Caio já vem planejando sua temporada e avaliando o que precisa evoluir, e adaptação em algumas ondas do Tour. “Já estou pensando nas pranchas e trips para lugares que não conheço como Teahupoo, uma onda que vou precisar de experiência. Não por não saber entubar de backside, mas por não saber do lineup e tudo mais, porem espero aprender tudo sobre o pico”, argumenta.

“2016 vai ser o ano mais legal da minha vida. Gosto muito de ondas boas e, no decorrer dos anos, fiz muitas viagens para lugares onde o Tour passa. Então, estou bem confiante para começar o ano. Vai ser um ano de muito aprendizado”, admite. O São Paulo Open of Surfing já pode começar na segunda-feira pela manhã. A decisão dependerá das condições do mar. Independente do tamanho das ondas, o show estará garantindo com todo o esquadrão brasileiro do WCT confirmado na etapa – Filipe Toledo (defendendo o título), Adriano de Souza, Gabriel Medina, Miguel Pupo (estes dois competindo em casa), Ítalo Ferreira, Wiggolly Dantas e Jadson André, além de outro novo nome na elite brasileira em 2016, Alex Ribeiro.

Antes do início oficial das disputas, 16 surfistas disputarão no domingo o Nossolar Super Trials, em busca de duas vagas como convidados no evento. No total, o São Paulo Open of Surfing terá 96 competidores de 21 países. O vencedor garantirá 10 mil pontos no ranking e US$ 40 mil (de um total de US$ 250 mil) e o vice levará 8 mil pontos e US$ 20 mil.

Por Fábio Maradei

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