Skate brasileiro disputa Aberto Internacional valendo pontos para Tóquio

Hericles Fagundes / Foto Julio Detefon
Hericles Fagundes / Foto Julio Detefon

Após a disputa do primeiro mundial de Park da história com chancela da World Skate em 2018, Nanjing (CHI) volta a receber uma competição homologada pela entidade máxima do esporte no mundo. Valendo pontos na corrida olímpica, os brasileiros estarão em cena de quarta a sexta (17 a 19 de julho) na China para a disputa do Aberto Internacional, um evento de classificação cinco estrelas na Longjiang Skatepark.

A competição que marcará a segunda etapa classificatória do Park na primeira janela para os Jogos de Tóquio 2020 contará com 11 atletas do Brasil, além da presença de Edgard Vovô, consultor técnico da seleção brasileira da modalidade.

“A expectativa é a melhor possível, uma vez que é um evento que vale pontos para a corrida olímpica. É a segunda etapa da primeira janela que vale pontuação. Nosso objetivo é conquistar mais pontuação para todos os atletas. Todos estão muito bem, vindo de excelentes resultados nos últimos eventos”, destaca Edgard Vovô.

No masculino, Murilo Peres, Luizinho Francisco e Hericles Fagundes – todos da seleção nacional -, Pedro Carvalho, Vi Kakinho e Felipe Foguinho estarão nas disputas.

“Acredito que obstáculos surgem em nossas vidas para serem enfrentados e não (para) nos parar. Amanhã (quarta) vou entrar lá e fazer o meu melhor. Independente de qualquer resultado, já vou estar feliz”, comenta Hericles Fagundes que, apesar de ter fraturado um dos ossos do punho direiro – chamado escafóide – durante os treinos na China, irá competir com a região da lesão imobilizada.

No feminino, as representantes serão as cinco atletas do selecionado nacional: Yndiara Asp, Isadora Pacheco, Dora Varella, Leticia Gonçalves e Victoria Bassi. “Estou me sentindo super confiante. Estou super ansiosa. Quero representar o Brasil e curtir com as meninas, que é o que mais importa”, afirma a caçula Victoria Bassi, que completará 12 anos dia 22 de julho.

A modalidade Park abriu a corrida olímpica com o título de Pedro Barros no Dew Tour, na Califórnia (EUA), em junho. Luizinho Francisco ficou com o quarto lugar.

Lucas Xaparral / Foto Julio Detefon

Lucas Xaparral / Foto Julio Detefon

A única ausência do selecionado nacional para a competição em Nanjing ficará por conta de Pedro Quintas, com uma lesão no joelho direito. “O Pedro Quintas acabou se machucando. Então infelizmente não vai poder competir esse evento. Não foi uma lesão muito séria, mas ele vai precisar ficar um tempo sem poder andar de skate e competir. Está se resguardando para o próximo evento”, explica Edgard Vovô.

“Ele teve uma lesão parcial do ligamento cruzado posterior do joelho direito. É uma lesão para tratamento clínico, mas deve ficar aos menos seis semanas afastado das competições”, completa Maurício Zenaide, médico da Confederação Brasileira de Skate (CBSk).

Pelos critérios estabelecidos para as Olimpíadas, o Brasil poderá contar com até 12 atletas no total em Tóquio – três no Park Feminino, três no Park Masculino, três no Street Feminino e três no Street Masculino.

A participação desse número limite dependerá do desempenho dos brasileiros ao longo das duas janelas classificatórias estabelecidas pela World Skate para a corrida olímpica. A primeira delas vai até 15 de setembro de 2019 e o segundo ciclo acontece de 16 de setembro de 2019 a 31 de maio de 2020.

Para a preparação e participação das disputas sancionadas pela World Skate como classificatórias para a corrida olímpica, os atletas da Seleção Brasileira de Skate recebem ajuda de custo para as viagens, bolsa-auxílio mensal e contam com suporte médico e psicológico. Os recursos para esse apoio são repassados à CBSk pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) por meio da Lei Agnelo/Piva.

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