Brasileiros avançam em Sydney

Marco Fernandez won his Round 5 Heat at the Australian Open of Surfing in the dying secondsMarco Fernandez won his Round 5 Heat at the Australian Open of Surfing in the dying seconds

Os paulistas Jessé Mendes e Alex Ribeiro e o baiano Marco Fernandez, passaram pelas duas fases realizadas neste sábado de condições desafiadoras em Sydney, com muita chuva e mar mexido com ondas de 5-6 pés em Manly Beach. Eles garantiram maioria brasileira nas quartas de final que abrem o domingo decisivo do QS 6000 Australian Open of Surfing. Dois confrontos Brasil x Austrália vão definir os primeiros semifinalistas. Marco Fernandez enfrenta Julian Wilson na primeira bateria e Alex Ribeiro entra na segunda com Mitch Crews. E Jessé Mendes, que tirou o primeiro lugar no ranking do WSL Qualifying Series do catarinense Yago Dora, vai fechar as quartas de final com um concorrente direto pela liderança, o francês Jorgann Couzinet, da Ilha Reunião.

A primeira classificação para o último dia do Australian Open foi conquistada por Marco Fernandez. Ele barrou o paulista Marcos Correa no primeiro confronto do dia, vencido por Julian Wilson. Depois das oitavas de final femininas, o baiano enfrentou o costa-ricense Noe Mar McGonagle, que começou mais ativo na bateria e largou na frente com nota 6,33. O brasileiro só pegou a sua primeira onda quando restavam 12 minutos, mandando um batidão de backside numa esquerda que rendeu nota 5,50. Logo Marco Fernandez acha outra esquerda e faz duas manobras fortes com velocidade para ganhar 7,83 e liderar a bateria. Mas, o surfista da Costa Rica também surfa uma boa onda e recebe 7,33, abrindo 5,83 pontos de vantagem nos 5 minutos finais. Faltando 3 minutos, Marco escolhe uma direita que abre para fazer três manobras potentes de frontside e vai destruindo a onda até o inside. Os juízes repetem a nota 7,83 e Noe Mar McGonagle ainda pegou uma esquerda nos últimos segundos, mas sem potencial para conseguir a virada no placar, que acabou encerrado em 15,66 a 13,66 pontos.

Alex Ribeiro enfrentou o taitiano Mihimana Braye e começou bem a bateria, massacrando sua primeira onda para ganhar nota 8,17. Mas, seu adversário respondeu com um 7,00 e chegou a liderar quando conseguiu somar um 5,67. Isso até o brasileiro achar uma direita para mandar uma batida explosiva numa junção cavernosa que valeu 7,33. Com ela, Alex Ribeiro atingiu 15,50 pontos contra 12,67 de Mihimana Braye.

Jessé Mendes entrou no duelo seguinte podendo tirar a liderança do WSL Qualifying Series de Yago Dora se passasse para as quartas de final. Seu adversário era o marroquino Ramzi Boukhiam, que teve um início melhor com nota 7,50, contra 5,67 do brasileiro. Depois, ambos surfaram algumas ondas fracas e Jessé pega uma esquerda mais limpa há 3 minutos do fim, que abre a parede para fazer três manobras. Ele precisava de 5,77 para vencer e os juízes deram nota 7,17 para fechar o placar em 12,84 a 11,43 pontos. Com a classificação para as quartas de final, Jessé Mendes assumiu o primeiro lugar no ranking e terá um confronto direto pela ponta com o francês Jorgann Couzinet, que derrotou o norte-americano Patrick Gudauskas no último duelo do dia. Para ultrapassar o brasileiro, o surfista da Ilha Reunião precisa chegar na final do Australian Open. O japonês Hiroto Ohhara também tem chance de sair de Sydney na frente, se vencer o campeonato.

Com os resultados do sábado atualizados no ranking, a lista provisória dos dez indicados pelo QS para completar a elite dos top-34 da World Surf League tem três brasileiros no momento, Jessé Mendes em primeiro lugar, Yago Dora em segundo e o também catarinense Alejo Muniz em oitavo. Alejo perdeu na primeira rodada do sábado, para o marroquino Ramzi Boukhiam e o norte-americano Patrick Gudauskas. Com isso, ele pode sair do G-10 no domingo. Entre os que ameaçam sua vaga estão os outros dois brasileiros que passaram para as quartas de final. O paulista Alex Ribeiro, que fez parte da elite mundial no ano passado junto com Alejo Muniz, chegou em Sydney em 111.o lugar no ranking e agora aparece em 12.o, bem próximo da zona de classificação para o CT 2018. E o baiano Marco Fernandez já saltou de 364 para 18 e entra no G-10 se conseguir passar pelo grande favorito ao título do Australian Open, Julian Wilson.

Por João Carvalho

Compartilhe.