Brasil garantido nas quartas em Itaúna

Wiggolly Dantas (SP) / Por PoullenotWiggolly Dantas (SP) / Por Poullenot

A torcida que lotou a Praia de Itaúna na sexta-feira vibrou com a participação dos brasileiros que venceram baterias em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Depois das repescagens masculina e feminina, foi iniciada a terceira fase com três vitórias verde-amarelas seguidas. Com isso, o Brasil já está garantido nas quartas de final do Oi Rio Pro, pois os campeões mundiais Adriano de Souza e Gabriel Medina e o também paulista Wiggolly Dantas, vão disputar a primeira vaga direta na quarta fase.

Gabriel Medina (SP) / Foto Poullenot

Gabriel Medina (SP) / Foto Poullenot

O grande destaque do dia foi Wiggolly Dantas. Primeiro, ele derrotou o havaiano Ezekiel Lau de virada, surfando uma onda no minuto final da bateria que fechou a segunda fase. Depois, voltou a mostrar a potência do seu backside nas direitas de Itaúna, achando boas ondas para encaixar uma série de duas manobras fortes abrindo grandes leques de água que arrancaram notas 9,27 e 9,00. Com elas, aumentou o maior placar do Oi Rio Pro para 18,27 pontos, batendo os 18,20 que o australiano Connor O´Leary conseguiu pela manhã em Saquarema.

Antes da grande apresentação de Wiggolly Dantas, o campeão mundial Adriano de Souza tinha acabado de vencer o duelo brasileiro com o pernambucano Ian Gouveia, por 15,67 a 12,33 pontos. Mineirinho começou bem a bateria com nota 7,17 e a segunda foi melhor ainda, acertando uma série de três manobras com pressão e velocidade para tirar 8,50 dos juízes. Depois, controlou a vantagem até o fim, para se tornar o primeiro surfista a ganhar duas chances de classificação para as quartas de final do Oi Rio Pro na Praia de Itaúna.

Adriano de Souza (SP) / Foto Poullenot

Adriano de Souza (SP) / Foto Poullenot

Na terceira bateria, o público foi à loucura com a entrada de Gabriel Medina no mar e ele não decepcionou a torcida, escolheu bem as ondas para manobrar forte de backside e depois usou o aéreo para assumir a liderança da bateria. O australiano Bede Durbidge também atacou uma direita com grandes rasgadas para tirar a maior nota – 7,53 – e somou um 6,33 da sua segunda melhor onda. Já Medina computou um 7,50 com o 6,80 da onda do aéreo para vencer por uma pequena diferença de 14,30 a 13,86 pontos.

Os outros surfistas que já garantiram passagem para as duas rodadas classificatórias para as quartas de final, nas baterias que fecharam a sexta-feira, foram os australianos Joel Parkinson e Mick Fanning. Curiosamente, eles são os únicos participantes do Oi Rio Pro que competiram na única vez que Saquarema sediou a etapa brasileira da World Surf League 15 anos atrás. Fanning, inclusive, foi vice-campeão na final australiana daquele ano de 2002 com Taj Burrow.

Por João Carvalho

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