Brasil chega nas oitavas de final do Noosa Longboard Open

Chloé Calmon (RJ) (@WSL / Jack Barripp)Chloé Calmon (RJ) (@WSL / Jack Barripp)

Os brasileiros Phil Rajzman, Rodrigo Sphaier, Chloé Calmon e Atalanta Batista, foram os únicos sul-americanos que passaram para as oitavas de final do Noosa Longboard Open na sexta-feira de ondas pequenas e mar difícil para competir na Austrália. As baterias foram até transferidas do palco principal em First Point para Noosa Main Beach, onde as condições estavam melhores para a estreia dos principais cabeças de chave da etapa de abertura do novo Circuito Mundial de Longboard da World Surf League. A batalha pela liderança dos rankings prossegue neste sábado, a partir das 6h na Austrália, 17h, da sexta-feira, no fuso horário de Brasília.

A sexta-feira foi iniciada com as duas baterias restantes da terceira fase masculina e dois brasileiros se classificando, Wenderson Biludo em segundo lugar na penúltima e Rodrigo Sphaier vencendo a última. A competição prosseguiu com a segunda fase feminina e duas brasileiras estrearam com vitórias, a pernambucana tricampeã sul-americana da WSL South America, Atalanta Batista, e a carioca duas vezes vice-campeã mundial, Chloé Calmon. Ambas passaram para enfrentar as cabeças de chave, mas o Brasil sofreu a primeira baixa na última bateria, com Monique Pontes sendo eliminada em 33.o lugar.

Depois, as duas perderam suas baterias para surfistas que já tem um título mundial no currículo, mas avançaram em segundo lugar para as oitavas de final na difícil condição do mar, com ondas muito pequenas em Noosa. A primeira foi Atalanta Batista, que somou duas notas na casa dos 4 pontos para superar a havaiana Haley Otto por 8,44 a 5,60 pontos. A vencedora foi a norte-americana Tory Gilkerson campeã mundial de 2016, no ano que Phil Rajzman conquistou o bicampeonato. Ela totalizou 11,17 pontos com notas 6,17 e 5,00.

A carioca Chloé Calmon entrou no mar três baterias depois e confirmou sua classificação com a maior nota da bateria, 6,50, na onda que surfou nos minutos finais. Com ela, atingiu 11,07 pontos, quase ultrapassando os 11,10 que a norte-americana e atual campeã mundial Soleil Errico somou com notas 5,50 e 5,60. Em último ficou a australiana Rosie Locke com 7,03 pontos. As duas brasileiras agora terão um confronto direto contra a Austrália nas oitavas de final. Atalanta Batista enfrenta Emily Lethbridge na segunda bateria e Chloé Calmon entra na terceira com Tully White.

Na categoria masculina, cinco sul-americanos disputaram classificação para as oitavas de final na sexta-feira, mas apenas os brasileiros Phil Rajzman e Rodrigo Sphaier conseguiram. Dois competiram juntos na terceira bateria da quarta fase e o peruano Lucas Garrido Lecca, que se destacou passando três baterias na quinta-feira, foi barrado pelos dois campeões mundiais que enfrentou. O australiano Josh Constable passou em primeiro com 11,40 pontos e Phil Rajzman ganhou a briga pela segunda vaga por 7,50 a 6,37 pontos do peruano.

O também bicampeão mundial Piccolo Clemente entrou três baterias depois com dois locais de Noosa e acabou eliminado em 17.o lugar pelos australianos. O peruano não conseguiu achar boas ondas para mostrar seu potencial, enquanto Harrison Roach fez os recordes do dia com as melhores combinações das manobras tradicionais dos pranchões, como “hang ten” e “hang five”, com batidas e rasgadas nas ondas. Ele atingiu 15,50 pontos com notas 8,17 e 7,33 e Clinton Guest passou em segundo com 10,96 pontos.

Quem chegou mais perto dos recordes de Harrison Roach foi o norte-americano Cole Robbins, na bateria contra dois brasileiros que definiu os últimos classificados para as oitavas de final. O saquaremense Rodrigo Sphaier surfou bem também uma onda que valeu 7,10 para avançar com 12,80 pontos, contra 14,60 das notas 7,83 e 6,77 do americano. Já Wenderson Biludo só conseguiu 9,30 em suas duas melhores ondas e terminou empatado em 17.o lugar no Noosa Longboard Open com os peruanos Piccolo Clemente e Lucas Garrido Lecca.

Nas oitavas de final, Phil Rajzman terá um confronto de campeões mundiais na quarta bateria com o defensor do título, Steven Sawyer, da África do Sul. E Rodrigo Sphaier vai disputar a penúltima vaga para as quartas de final com o norte-americano Tony Silvagni. Os surfistas que perderam na quarta fase na sexta-feira, receberam 750 dólares e marcaram 1.050 pontos no ranking pelo 17.o lugar. E os que passaram para as oitavas de final, já garantiram um mínimo de 1.000 dólares e 1.550 pontos. Este é o primeiro evento da World Surf League em 2019 com premiações iguais para homens e mulheres.

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