Brasil avança para as quartas em Manly Beach

Jadson André, líder absoluto do QS / Foto Matt DunbarJadson André, líder absoluto do QS / Foto Matt Dunbar

Os brasileiros Jadson André e Jessé Mendes venceram suas baterias no sábado de ondas de 2-3 pés em Manly Beach e seguem na disputa do título do QS 6000 Vissla Sydney Surf Pro, que serão decididos neste domingo na Austrália. Jadson não perde mais a liderança do ranking do WSL Qualifying Series e terá um duelo sul-americano com o peruano Alonso Correa, valendo a última vaga para as semifinais. Jessé Mendes disputa a segunda com o australiano Nicholas Squiers e a sua namorada, Tatiana Weston-Webb, enfrenta a australiana que lidera o QS feminino, Isabella Nichols.

Jadson André mostrou toda a sua garra característica de lutar até o fim nas baterias. Ele disputou a última do dia e o neozelandês Ricardo Christie começou melhor com nota 6,67. O potiguar entrou na briga com o 6,20 recebido na terceira onda que pegou. Seu oponente se manteve na ponta com um 5,50, que depois trocou por 6,63, deixando o brasileiro nas cordas. Mas, isso não é problema para ele, que seguiu tentando a vitória de todo jeito, até o último minuto, quando finalmente achou uma onda boa para mostrar o seu surfe e conseguir nota 7,77, virando o resultado para 13,97 a 13,30 pontos.

Foram seis disputando classificação no sábado e apenas metade avançou para as quartas de final. O recordista absoluto da sexta-feira, Thiago Camarão, não conseguiu pegar boas ondas na sua bateria e perdeu o primeiro confronto direto Brasil x Austrália, por uma pequena vantagem de 10,97 a 9,43 pontos para Nicholas Squiers.

Na disputa seguinte, o também paulista Jessé Mendes empatou esse placar em 1 a 1, somando duas notas na casa dos 6 pontos para despachar Jacob Willcox por 12,60 a 8,93. Mais um brasileiro entrou no mar após essa primeira vitória verde-amarela e o pernambucano Ian Gouveia não sobreviveu ao ataque aéreo do japonês Hiroto Ohhara. Nos voos mais “kamikazes”, ele fez os recordes do dia com as notas 8,77 e 8,50 que recebeu para totalizar 17,27 pontos, contra apenas 8,30 das duas computadas pelo brasileiro.

O australiano Matt Banting também acertou um aéreo que valeu nota 7,50 e acabou definindo a vitória sobre outro sul-americano, Marco Giorgi, por 13,73 a 12,36 pontos. O uruguaio ficou empatado em nono lugar no Vissla Sydney Surf Pro com os brasileiros Ian Gouveia e Thiago Camarão, todos marcando 1.550 pontos no ranking do WSL Qualifying Series. Os que passaram para as quartas de final, já garantiram um mínimo de 2.650 pontos.

O peruano Alonso Correa acabou com a série de derrotas no confronto seguinte, contra outro australiano, Liam O´Brien. A bateria começou fraca de ondas, mas Alonso largou na frente com o 6,17 da quarta que pegou no sábado em Manly Beach. Aí ele entrou em sintonia com as séries e foi ampliando a vantagem a cada onda. A seguinte valeu 5,87, que depois trocou por um 7,40 para selar a vitória por 13,57 a 10,80 pontos.

Com a passagem para as quartas de final, Alonso Correa já saltou da 47ª para a 12ª posição no ranking que classifica dez surfistas para a elite dos top-34 do World Surf League Championship Tour. Para entrar no G-10, ele precisa passar para as semifinais em Sydney. Se conseguir, será um feito inédito na história do WSL Qualifying Series, a primeira vez que a lista dos dez primeiros terá dois peruanos. O outro integrante do “INKA TEAM” que já está no G-10 é Miguel Tudela, que ficou na terceira fase em Sydney, mas permanece em quinto lugar.

Só que a missão de Alonso não será fácil, pois terá um duro desafio contra o líder Jadson André. O potiguar começou fulminante a temporada 2019, decidindo os títulos das duas únicas etapas que competiu esse ano. Ele assumiu a ponta com a vitória na volta do Oi Hang Loose Pro Contest para Fernando de Noronha, na final com o catarinense Yago Dora. O segundo QS 6000 do ano também terminou com uma decisão brasileira em Newcastle no domingo passado, mas essa ele perdeu para o paulista Alex Ribeiro.

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