Beach Tennis define campeões neste domingo

Patricia Diaz e Flaminia Daina (Divulgação)Patricia Diaz e Flaminia Daina (Divulgação)

Começou no sábado, em Santos, o ITF de beach tennis com a presença dos melhores atletas do mundo. Neste domingo (28), a promessa é de mais um dia de arena cheia na Praia do Gonzaga para as finais, momento em que serão conhecidos os campeões da edição de 2018 do torneio internacional. A data promete ser histórica para o esporte, uma vez que a decisão do torneio, na categoria duplas masculinas, marcada para às 15h, terá transmissão pelo canal Bandsports.

Diogo Carneiro e Ralff Abreu (Divulgação)

Comum às mais diversas modalidades esportivas disputadas no sistema de mata-mata, o momento da estreia foi de dificuldade para algumas duplas cabeças de chave no masculino. Este foi o caso de dois atletas da seleção brasileira de beach tennis, Ralff Abreu e Diogo Nogueira, na primeira rodada. Após perder o primeiro set por 4/6 para José Luiz Santos e João Weisinger, Ralff e Diogo garantiram a vitória por 2 sets a 1, com 6/3 e 6/1 para a dupla cabeça de chave 4.

“Começamos um pouco sem ritmo. O Ralff e eu não jogamos juntos há quatro meses, porque venho de uma lesão sofrida há seis meses. Disputamos apenas um evento que não era da ITF e agora voltamos a jogar juntos. Começamos mal e fomos melhorando no segundo set, para encontrar o ritmo ideal no set final”, disse Diogo, atleta de 22 anos e praticante do beach tennis desde 2013. “Jogava tênis de quadra e depois de dois anos mudei para o tênis de praia, minha modalidade até hoje”, completou.

Quem também teve um início complicado foram os cabeças de chave 8, o italiano Alex Mingozzi e o carioca Vinicius Font, tenistas que estão entre os principais da história de Itália e Brasil e já atingiram o topo do mundo no esporte. Após levar 1/6 no primeiro set, Alex e Vini deram a volta com 6/1 e 6/3, sem dar chances para Rodrigo Girilli e Tiago Tavares. “Santos tem a característica de, quando chove, ficar a areia mais dura. Ou seja, como todos os profissionais sacam bem, o nível se equilibra. Perdemos três saques nossos no início, o que muda. Os caras estava muito bem e dava tudo certo”, afirmou Vini Font.

“Colocamos a cabeça no lugar e encaixamos melhor os saques, tirando o ritmo deles. Ao invés de irmos para o ataque, deixamos eles nos atacarem e assim cansaram bastante. Deu certo e vamos para a próxima fase”, avaliou Vini, um dos pioneiros do beach tennis no Brasil. “Chegar em Santos e ver tantas quadras e sempre cheias, é muito gostoso. Querendo ou não, isso aqui é fruto de um pouco do meu trabalho, do Mongozzi, de atletas como Marcus Vinicius Ferreira, da Joana Cortez, que ajudam a fomentar o esporte. Nós encabeçamos, junto com vários outros, e é gratificante ver o tamanho do tênis de praia no Brasil”, finalizou Vini.

Se entre homens alguns cabeças de chave encontraram certa dificuldade, entre as mulheres as atuais campeãs do ITF de Beach Tennis, Flaminia Daina (ITA) e Patricia Diaz (VEN), não encontraram dificuldades para iniciar bem a defesa do título de campeãs do torneio. Elas passaram facilmente pelas brasileiras Luciene Muro e Janaina Arman, em pouco mais de 40 minutos de jogo, parciais de 6/0 e 6/1. “Fomos bem neste começo de campeonato. Para mim é sempre legal estar aqui no Brasil, com um povo que é ótimo. O ambiente é incrível no ITF de Beach Tennis em Santos. Espero ter sorte nas partidas. Não pensamos em uma eventual final neste momento, mas sim passo a passo, em cada partida. Vamos jogar as quartas de final no fim da tarde, então é descansar e já pensar no próximo desafio”, analisou Flaminia Daina.

Venezuelana radicada em Miami (EUA), Patricia falou da expectativa para o evento. “A preparação para o ITF de Beach Tennis foi bem forte, porque sabemos do nível das adversárias. Gosto muito de competir com a Flaminia e juntas já obtivemos bons resultados. Porém, sabemos que as demais tenistas também estão bem preparadas, ou seja, qualquer dupla pode sair vencedora daqui”, avaliou Pati Dias. “Temos que usar o peso do favoritismo a nosso favor e saber aceitar a pressão. Ou seja, estamos motivadas, mas nunca com a confiança acima do comum. Podemos perder para qualquer dupla, porque assim é o esporte. O bom de ser a atual dupla campeã, é que às vezes as adversárias estão jogando melhor, porém acabam achando que não é possível nos vencer e perdem as oportunidades criadas. Tudo tem seu pró e conta”, finalizou Pati.

Por Gustavo Coelho

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