A hegemonia verde-amarela

João Chianca (RJ) (William Zimmermann / RDS)João Chianca (RJ) (William Zimmermann / RDS)

O título mundial Pro Junior começou a ser disputado em 1998 pela antiga Association of Surfing Professionals (ASP), hoje World Surf League (WSL). O primeiro a levantar o troféu de melhor surfista do mundo com até 21 anos de idade foi o já falecido Andy Irons, havaiano que depois se sagrou tricampeão mundial profissional no World Championship Tour. Mas, é o Brasil que detém o maior número de títulos nas dezoito edições disputadas, sete no total. A hegemonia verde-amarela foi iniciada na última vez que o evento foi realizado no Havaí, pelo carioca Pedro Henrique no ano 2000.

Troféu Pro Junior (@WSL / Matt Dunbar)

Depois, a decisão mudou para a Austrália e o hoje campeão mundial Adriano de Souza foi o vencedor do título de 2003. O terceiro veio no ano seguinte com o cearense Pablo Paulino, que repetiu o feito em 2007, sendo o único brasileiro a ser bicampeão mundial Pro Junior. A bandeira brasileira voltou ao alto do pódio com o paulista Caio Ibelli, que em 2011 conquistou o título na única vez que o título foi disputado num circuito de três etapas. Dois anos depois aconteceu a única decisão no Brasil e o campeão do HD World Junior Championship 2013 na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC), foi Gabriel Medina. O carioca Lucas Silveira festejou a última vitória brasileira em 2015 em Portugal. Esta foi a última edição para surfistas com até 21 anos, pois na de 2016 o limite de idade mudou para 18 anos.

Foi neste ano que o título voltou a ser disputado na Austrália e Ethan Ewing conquistou o quinto troféu para os australianos. Mais quatro países também aparecem na galeria de campeões desta categoria na World Surf League, o Havaí com três títulos e a África do Sul, Portugal e França com um cada. Sempre considerada como uma das grandes potências do esporte, os Estados Unidos ainda não têm nenhum título mundial Pro Junior. No ano passado, o californiano Griffin Colapinto chegou perto de quebrar esse tabu, mas perdeu a decisão do título de 2016 para o australiano Ethan Ewing.

Já na categoria feminina, as australianas ganharam a maioria das doze edições, pois as meninas só começaram a disputar essa competição em 2005. Assim como os brasileiros no masculino, a Austrália tem sete títulos femininos, contra dois do Havaí, dois da França e um da Nova Zelândia. No ano passado, as duas representantes da América do Sul não conseguiram vencer nenhuma bateria em Kiama. A catarinense Tainá Hinckel está de volta à Austrália esse ano e a peruana Sol Aguirre vai substituir a argentina Josefina Ane que foi no ano passado.

Por João Carvalho

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