14º Desafio de Canoas Havaianas, em Santos

Foto Douglas Aby Saber / 2014 - volta da ilha de Santo Amaro - Santos Sp - BrasilFoto Douglas Aby Saber / 2014 - volta da ilha de Santo Amaro - Santos Sp - Brasil

A praia da Aparecida, em Santos, terá um cenário mais do que especial no dia 4 de março, com a largada histórica do 14º Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoas Havaianas. A prova com 75 km de remadas ininterruptas entre trechos de mar e de rio, terá 31 equipes, dez a mais do que 2016, número recorde no Continente. Serão representantes de seis estados e uma do Chile e Argentina. Entre elas, as principais do Brasil, incluindo a Samu Team Brazil, com várias vitórias no exterior e recordista do percurso, com 5h52min03s, e a TriboQPira, maior vencedora na competição. Outra novidade é a participação de três times na categoria V6, participando como demonstração, sem classificação final.

Douglas Aby Saber / FMA notícias

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Das 31, quatro serão exclusivas de mulheres, oito mistas, 20 masculinas, incluindo as três V6 e quatro da master. “Estou muito feliz por este momento histórico no nosso esporte. Todas estas 13 edições nos preocupamos em abrir um número de vagas gradativamente, pois entendemos que a cada ano se formam remadores mais experientes. Começamos com 10 equipes, depois 12, 14, 17 e no ano passado tivemos a ousaria de passar para 21”, destaca o canoísta Fábio Paiva, organizador da Volta e um dos maiores entusiastas da modalidade. “Nesta edição, nos sentimos mais experientes ainda, para abrir para um número recorde, que nem acreditávamos que poderia ser completado. Então, este grande sonho está sendo realizado. Serão 31 equipes presentes para fazer história. Para nós, para o público e para a nossa Cidade, uma grande honra em presenciar a maior largada até hoje da América Latina”, anuncia.

A competição tem largada e chegada na Praia da Aparecida, em Santos. Os atletas remam em sentido anti-horário toda a Ilha de Santo Amaro (onde está Guarujá), enfrentando ondulações, mar aberto e na segunda metade do percurso, o Canal de Bertioga, num trecho abrigado de rio, com a parte final no Porto, para chegar no mesmo ponto de partida. “Os remadores terão trechos com dificuldades variadas. Começam em mar abrigado, passam por costões rochosos, onde o mar fica bravo, entram no Canal de Bertioga, formado por seus baixios e curvas sinuosas, até entrar no maior porto do Hemisfério Sul, com trânsito de embarcações e manobras de navios gigantescos. Tudo isso faz com que além de tudo descrito, desfrutem de paisagens fantásticas. Para o atleta, uma prova inesquecível”, relata Fábio. Mais do que esforço físico, é necessário um trabalho logístico e estratégico para alcançar o objetivo. Os revezamentos dos atletas durante a remada (com a embarcação em movimento) são um dos grandes destaques durante a disputa. O barco do apoio leva os três remadores à frente, os deixa no mar, e depois recolhe os que estavam remando.

Um trabalho que tem de ser perfeito para não atrapalhar o rendimento, bem como a sinergia da equipe. “E existe a superação. A Volta à Ilha de Santo Amaro representa muito mais do que uma simples prova. Você entra uma pessoa e sai outra”, vibra Fábio Paiva. “Uma disputa para nove atletas, seis remando e três revezando, mais equipe de apoio, onde todos devem estar na mesma sintonia. Tem uma hora que o esgotamento físico e mental é motivado quando olhamos para o nosso time, dando o máximo e, precisando muito de você”, fala. Animado, emocionado por ver a competição crescer tanto, Fábio comemora; “Se me perguntam o que estou sentindo? Apenas muita gratidão em poder estar no comando deste evento, onde colocaremos praticamente 450 pessoas no mar envolvidas diretamente com a disputa, que começou por puro idealismo. Desafio para os atletas, para a organização”, completa.

Por Fábio Maradei

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